O Brasil viveu um ano muito ruim para o meio ambiente em 2020. Pelo menos é isso o que mostram os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com o levantamento, o país registrou mais de 200 mil focos de queimadas no ano.
Em números percentuais, nós estamos falando de um aumento de 12,73% na comparação com os números de 2019. O grande destaque negativo do ano foi mesmo o Pantanal. Na área, o país registrou um aumento de 120,7% na comparação com 2019.
Em 2019, o Inpe registrou 10.025 focos de incêndio no Pantanal. Já em 2020, esse número subiu para 22.116. Ambientalistas dizem que esse foi um dos piores anos da história do bioma. Estima-se que o Brasil perdeu cerca de 23% da área do Pantanal em 2020.
Já a Amazônia também registrou um aumento. Mas nesse caso o aumento foi menor. De acordo com os dados do Inpe o aumento nas queimadas por lá foi de 15,68%. Isso não é, no entanto, motivo para comemorar. É que o bioma já vinha de um aumento forte em 2019. Assim, dá para dizer que a situação não melhorou por lá.
Outro bioma que sofreu muito em 2020 foi o Pampa. O aumento nos focos de queimadas por lá foi de 18,66%. O aumento, aliás, foi maior do que o que se registrou na Amazônia, que acabou recebendo muito mais atenção da mídia.
Focos de incêndio
Os outros biomas apresentaram queda ou mesmo ficaram na estabilidade. A Caatinga, por exemplo, foi a que registrou a maior queda. Foi de 5,04% na comparação com o ano de 2019. Os dados, aliás, também são do Inpe.
A Mata Atlântica registrou queda de 3,65% e o Cerrado ficou estável apresentando uma pequena retração de 0,08%. Seja como for, o Inpe já trabalha com a possibilidade de piora no cenário nessas regiões do país.