O Brasil registrou 13,8 milhões de demissões entre janeiro e agosto deste ano. A saber, 33,4% do total de desligamentos ocorreram a pedido, o que corresponde a 4,6 milhões de demissões voluntárias. Isso mostra o número elevado de pessoas que estão abandonando os seus empregos no país.
Em resumo, as informações fazem parte de um levantamento realizado pela LCA Consultores, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
De acordo com especialistas, o Brasil está vivendo uma onda de demissões voluntárias. A tendência já estava sendo vista desde 2021, mas os dados deste ano evidenciam de maneira mais expressiva o cenário atual do país.
Veja abaixo o número de demissões voluntárias em todos os meses de 2022:
- Janeiro: 544,5 mil;
- Fevereiro: 560,3 mil;
- Março: 603,1 mil;
- Abril: 553,8 mil;
- Maio: 572,4 mil;
- Junho: 558,9 mil;
- Julho: 588,8 mil;
- Agosto: 632,8 mil.
Como visto acima, o maior número de demissões voluntárias foi registrado em agosto. Em síntese, esse é o recorde da série e o montante mais elevado desde janeiro de 2020, quando o Caged passou a adotar novas regras para calcular o número de admissões e demissões no país.
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De acordo com Bruno Imaizumi, responsável pela pesquisa, o retorno ao trabalho presencial, que perdeu força durante a pandemia, está impulsionando as demissões voluntárias no Brasil.
Em resumo, muitos trabalhadores passaram a exercer suas atividades em home office a partir de 2020. Contudo, com a melhora no quadro sanitário no Brasil, as empresas estão retornando ao trabalho presencial gradativamente.
Ao perceber a diferença entre as modalidades, muitos profissionais repensam o retorno a esse trabalho presencial. Por exemplo, não ter que pegar trânsito e passar mais tempo com a família vêm ganhando mais importância dos trabalhadores do que ter uma remuneração mais alta em um trabalho presencial.
“Com isso, para os trabalhadores que viram que essa modalidade não é benéfica em termos de qualidade de vida, essa volta ao ambiente de trabalho acaba pesando na escolha do profissional, que prefere trabalhar de casa em vez de pegar trânsito todos os dias”, disse Imaizumi.
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