O Brasil registrou em 2020 uma explosão de contratações para regime em trabalho intermitente. De acordo com os dados do Governo, mais da metade de todas contratações do país em 2020 foram para essa modalidade de trabalho. São números grandes.
O trabalho intermitente é aquele onde não há uma definição para a jornada e o salário dos empregados. Assim, o patrão contrata o empregado para que ele cumpra uma demanda temporária. Mas não chega a ser um contrato temporário. É diferente.
No trabalho intermitente, o empregador precisa assinar a carteira do empregado. Quando o funcionário terminar o serviço, ele vai poder pedir apenas o seguro-desemprego. A proposta é polêmica mas vale desde 2017. Sim, estamos falando da Reforma Trabalhista.
De acordo com os dados de 2020, cerca de 73,1 mil trabalhadores receberam esses contratos. Dessa forma, esses trabalhadores não sabiam quanto iam trabalhar e quanto iam ganhar quando fecharam essas contratações.
Em números percentuais, isso representa cerca de 51% de todas as contratações do país em 2020. Para se ter uma ideia da diferença, em 2018 e em 2019, nos primeiros anos dessa modalidade, essa taxa ficou respectivamente na casa dos 9,4% e 13,3%.
Trabalho intermitente
De acordo com especialistas, há uma explicação para essa explosão. É que o Brasil está passando por um momento de crise econômica. Dessa forma, muitos empregadores estão preferindo contratar pessoas por curtos períodos de tempo. Isso tira um pouco da responsabilidade na questão.
Seja como for, muita gente critica esse tipo de trabalho. Defensores de direitos dos trabalhadores afirmam que essa prática apenas legalizaria uma ação nociva para trabalhadores. Como se vê, nós estamos falando de uma questão polêmica.
Agora é esperar para saber se o ano de 2021 também vai registrar esse aumento. Especialistas apostam que não. Mas isso pode acontecer.