O Brasil registrou um número elevado de jovens que não trabalham nem estudam. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 12,7 milhões de jovens de 15 a 29 anos nesta situação no país em 2021. Isso corresponde a 25,8% das pessoas nesta faixa etária.
Embora o número tenha sido bastante expressivo, ficou menor que o registrado em 2020 (13,9 milhões). Aliás, vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia da covid-19 em março de 2020. E isso agravou a situação dos jovens do país.
Isto pode ser confirmado ao comparar os dados de 2020 com os de 2019, quando havia 12,1 milhões de jovens sem ocupação e sem estudar no Brasil. Em outras palavras, o resultado de 2021 melhorou, mas ainda segue acima do nível pré-pandemia.
“No primeiro ano de pandemia houve queda no grupo de jovens que estavam ocupados e essa queda não foi compensada pelo aumento no percentual dos jovens que só estudavam. Portanto, houve um aumento no número de jovens que não estudam e nem estão ocupados”, explicou Betina Fresneda, analista do IBGE.
“Apesar da leve recuperação observada em 2021, essa condição continua afetando mais de 1 ⁄ 4 dos jovens de 15 a 29 anos”, acrescentou.
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Mulheres pretas e pardas são as que mais sofrem
Segundo o levantamento do IBGE, a mulher preta e parda liderou o ranking nacional, com os maiores números de jovens sem trabalhar e sem estudar. Em síntese, este grupo respondeu por 42% dos mais de 12 milhões de pessoas nesta situação, o que corresponde a 5,3 milhões de pessoas.
Em seguida, ficaram os homens pretos e pardos, com quase 3,1 milhões de jovens sem trabalhar e estudar, e as mulheres brancas, totalizando 2,6 milhões.
Assim, o homem branco teve o menor número entre estes grupos, com quase 1,6 milhão de jovens sem trabalhar e estudar.
Por fim, o IBGE revelou que todos os estados do Norte e do Nordeste, com exceção de Rondônia, tiveram percentuais superiores ao do Brasil. Os grandes destaques vieram do Nordeste, com Maranhão (37,7%) e Alagoas (36,6%) apresentando as maiores taxas de jovens sem estudar e sem trabalhar no Brasil.
Em contrapartida, as menores taxas estavam em Santa Catarina (12,2%) e Paraná (17,9%).
Vale destacar que todos estes dados vieram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
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