O IBGE divulgou nesta quinta-feira, 1, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Os dados mostram que o país cresceu 1,9% de janeiro a março deste ano. O avanço é comparado com o trimestre imediatamente anterior. Com o resultado, o Brasil ficou entre os países que mais cresceram no período, a frente, inclusive, dos Estados Unidos.
Para especialistas, alguns resultados contribuíram para o crescimento da economia. Contudo, setores importantes para a economia seguem com um ritmo de crescimento baixo. Em meio às polêmicas, Lula disse que o FMI vai se surpreender com a economia do Brasil.
Brasil cresceu acima da média mundial
A economia brasileira apresentou um bom ritmo de crescimento no primeiro trimestre de 2023, segundo dados divulgados pelo IBGE. A entidade afirma que o país cresceu 1,9% em relação ao trimestre anterior, o que economistas dizem ser um bom crescimento.
Segundo a Austin Rating, o Brasil ficou em 4° lugar no crescimento econômico. O estudo compila os dados de 61 países que já divulgaram resultados e previsões. À frente do Brasil ficaram Hong Kong (5,3%), Polônia (3,8%) e China (2,2%). Outros países importantes ficaram atrás do Brasil, como Portugal (1,6%) e os Estados Unidos (1,3%).
Além disso, o desempenho da economia veio acima do esperado pelo mercado. Com isso, o crescimento econômico de 2023 deve ser superior ao esperado no início do ano, mas há pontos negativos dentro dos dados divulgados pelo IBGE.
Para economistas, o crescimento econômico é importante para todos os cidadãos, em especial os de menor renda. Isso porque um país em crescimento permite maior geração de empregos, amplia o acesso a financiamentos e empréstimos e, com isso, dá mais acesso a diversos bens para mais pessoas.
Para 2023, o mercado acredita em uma alta de 1,26% do PIB do Brasil, previsão que vem aumentando há, pelo menos, 3 semanas.
Alguns índices preocuparam
Apesar do bom resultado, alguns indicadores preocupam. Isso porque, segundo economistas, as variáveis que fazem o crescimento ser sustentável não tiveram uma alta expressiva. Além disso, o setor de serviços, que é o mais gera empregos no país, não está com um bom desempenho.
Na prática, o PIB do Brasil aumentou 1,9% puxado pelo setor agropecuário, que subiu 21,6% de janeiro a março deste ano. O setor de serviços subiu 0,6%, enquanto a indústria teve leve queda de 0,1%. O consumo das famílias aumentou 0,2% e o gasto do governo aumentou 0,3%. Por outro lado, o volume de investimentos caiu 3,4% no primeiro trimestre. Para especialistas, a troca de governo gerou incertezas, o que faz com que empresas segurem os novos investimentos.
Apesar disso, os investimentos são o principal indicador para o futuro do PIB do Brasil. Por isso, a queda preocupa economistas, que afirmam que o ritmo de crescimento pode não se sustentar nos próximos trimestres.