“Brasil do Futuro”. Este, segundo informações do canal “CNN Brasil”, deve ser o slogan usado durante a transição entre a gestão do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governo do chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A frase, que deve ser oficializada na próxima semana juntamente com os nomes dos 50 integrantes da equipe, segue o preceito que tem sido tratado como uma ordem interna no time do petista que é a de “olhar para frente”.
Ainda conforme a “CNN Brasil”, nesta semana, as atitudes do vice de Lula, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que desembarcou em Brasília para dar início ao processo de transição entre os governos, mostrou o caráter simbólico do slogan “Brasil do Futuro”.
Isso porque, segundo as informações, o time de Lula tem feito questão de somente “olhar para frente”, sem dar espaço, por exemplo, para comentar ou sequer citar sobre os recentes bloqueios nas estradas e os protestos antidemocráticos contra a eleição do petista feitos por apoiadores do atual chefe do Executivo.
Durante a transição, a equipe de Lula, chefiada por Geraldo Alckmin, terá como objetivo evidenciar as diferenças com o atual governo de Bolsonaro e ainda dar sinais claros de que a gestão de Lula, diferente das anteriores, será ampla, não sendo apenas configurada pelas ordens vinda do Partido dos Trabalhadores (PT).
Geraldo Alckmin importante
A participação de Geraldo Alckmin no governo de Lula tem ganhado destaque antes mesmo da posse do petista. Neste sábado (05), o cientista político Bruno Bolognesi, em entrevista à “CNN Brasil”, relatou ver a escolha do ex-governador de São Paulo para compor a chapa do presidente eleito como uma “jogada muito habilidosa”.
De acordo com ele, isso acontece porque Geraldo Alckmin “certamente está entre os gestores públicos mais preparados do país”. “É uma pessoa que tem um perfil bastante dialógico, calmo e paciencioso”, acrescentou Bruno Bolognesi, completando que, em sua visão, o vice de Lula terá um papel fundamental nas negociações com parlamentares da oposição.
Segundo o especialista em política, essas negociações deverão ser aceitas e feitas pelo PT ao longo do governo do presidente eleito, pois seu partido não tem mais a força vista, por exemplo, em composições antigas do Congresso Nacional. “Lula vai ter que aceitar negociações porque o PT não tem mais a força que tinha oito anos atrás”, finalizou.
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