Com um novo estilo político em vigor, o Brasil, de Luiz Inácio Lula da Silva, tenta recuperar parte de seu prestígio na geopolítica mundial. Nesse sentido, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda o retorno do Brasil à União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Segundo integrantes do Executivo, existe uma grande expectativa de que o anúncio da volta do Brasil ao bloco seja oficializado nas próximas semanas, em meio às agendas dos 100 dias da nova gestão.
Conheça a Unasul
A Unasul é uma organização internacional e teve sua origem no ano de 2008, período em que a política de esquerda era majoritária entre os países da América do Sul. Na ocasião os presidentes eram: Lula (Brasil), Cristina Kirchner (Argentina), Hugo Chávez (Venezuela) e Michelle Bachelet (Chile).
Quando a Unasul foi criada, Lula destacou que o organismo buscaria maior integração entre os países sul-americanos e a superação de divergências locais. Em abril de 2019, o Brasil deixou de integrar o bloco após a criação de um novo fórum composto por países da sul-americanos, o Prosul.
Após a vitória de Jair Bolsonaro, um presidente que representava a direita brasileira, o Brasil deixou a Unasul. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que a organização vivia uma “prolongada crise”.
A tentativa de uma nova Unasul, excluindo a Venezuela
Conforme os anos foram passando, a direita voltou a se fazer presente no continente sul-americano e com isso a Unasul foi perdendo força.
Nesse sentido, foi criado o Prosul, que aconteceu em março de 2019 em uma cerimônia no Chile, da qual participaram diversas autoridades, entre elas, JairJair Bolsonaro (Brasil), Mauricio Macri (Argentina), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Sebastián Piñera (Chile).
O argumento para a criação do Prosul foi o de que o fórum serviria como um espaço voltado a discutir o desenvolvimento e a integração regional.
O retorno de alguns países
Caso venha a ser oficializado a volta do Brasil a Unasul, o país não será o primeiro a retornar a organização.
A Argentina, que também deixou a Unasul, voltará a integrar o grupo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, dia 6 de abril, pelo ministro das Relações Exteriores do país, Santiago Cafiero.
“Por decisão soberana, a Argentina volta à Unasul como Estado-Membro para promover sua revitalização institucional e construir uma região cada vez mais integrada. Isto é o que determinou o presidente Alberto Fernández, e eu comuniquei isso aos chanceleres dos Estados-Membros”, publicou Cafiero em uma rede social.
Lula e Alberto Fernández são aliados políticos e têm defendido maior integração entre os países da América do Sul, além do fortalecimento do bloco do Mercosul, que também conta com Paraguai e Uruguai.