O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou nesta quinta-feira (7) os dados do seu mais novo levantamento. A saber, a pesquisa mostrou que há cerca de 1,4 milhão de pessoas trabalhando para aplicativos de transporte no Brasil.
Em resumo, esses trabalhos se referem tanto a passageiros quanto a mercadorias. De acordo com o Ipea, esse montante corresponde a 31% dos trabalhadores do setor de transporte do Brasil. Atualmente, estima-se que haja 4,4 milhões de pessoas trabalhando no setor, incluindo armazenagem e correio no país.
Além disso, o Ipea se baseou em dados e pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inclusive, o levantamento destacou que o número de trabalhadores do transporte vinha crescendo fortemente nos últimos anos, mas a pandemia da Covid-19 puxou estes números para baixo.
Em suma, o Brasil contava com cerca de 840 mil trabalhadores no transporte de passageiros por aplicativo no primeiro trimestre de 2016. Esse número subiu para 1 milhão dois anos depois, no primeiro trimestre de 2018. O avanço ficou ainda mais forte e o Brasil passava a contar com 1,3 milhão de pessoas trabalhando no setor no terceiro trimestre de 2019.
“Por conta da pandemia da Covid-19, houve redução ao longo de 2020, mas o número logo se estabilizou nos dois primeiros trimestres de 2021 em 1,1 milhão de pessoas ocupadas em transporte de passageiros no regime de conta própria, valor 37% superior ao do início da série, em 2016″, disse o Ipea.
Trabalhadores no transporte de mercadorias também disparam
Da mesma forma, o Ipea revelou que o número de trabalhadores no transporte de mercadorias também teve forte crescimento no período no Brasil. Em síntese, o número passou de 30 mil trabalhadores em 2016 para 278 mil em 2021.
“Com a ascensão das plataformas de aplicativos para entregas de mercadorias ou transporte de passageiros e o consequente avanço tecnológico que facilita mais contratações de curto prazo, é possível perceber que a quantidade de pessoas com empregos não tradicionais (como autônomos e trabalhadores temporários) teve um crescimento exponencial nos últimos anos”, destacou o Ipea.
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