O Banco Bradesco disse que não vai obrigar os seus empregados a se vacinarem contra a Covid-19. Quem disse isso foi o próprio presidente do banco, Octavio de Lazari, em entrevista para jornalistas nesta quinta-feira (4).
De acordo com Lazari, o banco não vai adotar uma política de obrigar os trabalhadores. Disse também que não entregará nenhum estímulo financeiro para quem decidir se vacinar. Seja como for, ele disse que espera que os seus funcionários façam isso por vontade própria.
“A vida humana não tem preço. As pessoas têm que tomar a vacina por consciência e por respeito ao ser humano”, disse Lazari. Ele disse ainda que as atividades do banco não voltarão ao normal até que boa parte da população esteja vacinada.
Em tese, o Bradesco pode punir até mesmo com a demissão o empregado que decidir não tomar a vacina contra a Covid-19 quando chegar a sua vez. Isso porque se parte do pressuposto de que a empresa tem que manter os seus empregados em segurança.
Mas a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) decretou que a vacinação não é compulsória. Logo, se um empregado não quiser tomar a vacina e o empregador não enxergar nenhum problema com isso, então ele não precisa sofrer uma punição.
Vacina contra Covid-19
Mas aí neste caso, o Bradesco ou qualquer outra empresa poderão sofrer com processos no futuro. É que se um empregado provar que contraiu a Covid-19 no trabalho, ele pode até conseguir uma indenização na Justiça.
E se ele prova que o empregador não exigiu a vacinação dos seus empregados, então isso pode surgir com mais um elemento para provar um possível desleixo da empresa. Seja como for, essa não deixa de ser uma questão subjetiva.