O banco Bradesco alcançou uma marca em 2020 que expressa bem as dificuldades impostas durante o ano, marcado pela pandemia da Covid-19. Com uma forte queda de 26,7% na comparação com o ano anterior, o lucro líquido da instituição financeira chegou a R$ 16,5 bilhões. A saber, em 2019, o lucro líquido atingiu a marca de R$ 22,582 bilhões. E tudo isso aconteceu, principalmente, por conta da crise sanitária, que está prestes a completar um ano, mas ainda longe de chegar ao fim.
Vale ressaltar que, no último trimestre do ano passado, o lucro líquido chegou a R$ 5,464 bilhões, superando em 11,9% o nível registrado no mesmo período de 2019 (R$ 4,883 bilhões).
A propósito, o lucro líquido recorrente, que exclui operações extraordinárias do banco, atingiu um patamar mais elevado, de R$ 19,458 bilhões no ano passado. Isso representa uma queda expressiva de 24,8% em relação ao mesmo período de 2019. Nesse caso, o lucro recorrente no quarto trimestre de 2020 ficou 2,3% menor que o alcançado no último trimestre do ano anterior.
Em suma, o aumento das despesas com provisão devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus na atividade econômica explica o lucro bem abaixo do registrado em 2019. Contudo, o resultado ainda foi comemorado pelo banco, já que poderia ter sido bem pior. “Estamos bastante satisfeitos com o resultado do quarto trimestre do ano e, claro, de todo o exercício de 2020”, afirmou em nota o presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari.
Veja mais detalhes do desempenho do Bradesco
O Bradesco também reportou uma queda de 5,3% nas despesas operacionais, que passaram de R$ 49 bilhões em 2019 para R$ 46,42 bilhões no ano passado. Ao mesmo tempo, as despesas de provisão para perdas com inadimplência chegaram a R$ 25,754 bilhões em 2020. Isso representa uma disparada de 78,7% na comparação com 2019. A saber, essas despesas funcionam como uma espécie de colchão financeiro responsável por cobrir possíveis calotes.
Por fim, a carteira de crédito do Bradesco avançou 10,3% em 2020 e somou R$ 604,9 bilhões. Já o índice de inadimplência acima de 90 dias recuou 1,1 ponto percentual, encerrando o ano em 2,2%.
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