A BR Distribuidora encerrou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 382 milhões. Esse valor representa uma disparada de 103,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro líquido totalizou R$ 188 milhões.
Além disso, a receita líquida ajustada da maior distribuidora de combustíveis do país teve um salto de 95% em 12 meses, para R$ 29,023 bilhões. Já na comparação com os três primeiros meses deste ano, o avanço foi menos expressivo, de 11,1%.
Em resumo, o expressivo resultado registrado no comparativo anual aconteceu devido à pandemia da Covid-19. Decretada em março de 2020, a crise sanitária fez diversas pessoas adotarem o distanciamento social e ficarem em casa. Assim, o movimento nos postos de combustíveis do país despencaram, especialmente nos primeiros meses da pandemia, marcados por muita incerteza e medo.
Já o Ebitda da BR, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, cresceu 24,8% na comparação com o mesmo período de 2020. Assim, totalizou R$ 1,018 bilhão no período, ante R$ 815,7 milhões no segundo trimestre do ano passado.
Como a base comparativa anual era fraca, o resultado conseguiu ser bastante expressivo. No entanto, em relação ao primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido ficou 22,4% menor. Da mesma forma, o Ebitda também recuou no comparativo trimestral (-13,9%).
Confira mais detalhes dos resultados da distribuidora no trimestre
De acordo com o balanço trimestral da BR Distribuidora, a queda trimestral do lucro aconteceu, em grande parte, por causa da redução de 5,1% das vendas da companhia. Ao mesmo tempo, a queda na comercialização dos seguintes produtos também enfraqueceu o resultado no trimestre: ciclo Otto (-1,5%), combustível de aviação (-22,5%) e coque (-68,7%).
Segundo a companhia, esse volume de vendas é “reflexo do efeito da sazonalidade do setor e dos impactos da pandemia da Covid-19, principalmente no mês de abril, seguidos de melhoras progressivas nos meses subsequentes”. Embora tenha ocorrido queda no comparativo trimestral, as vendas do diesel cresceram 3,2% e compensaram parcialmente os resultados negativos.
Por fim, o endividamento líquido cresceu R$ 1,5 bilhão em três meses, para R$ 6,6 bilhões. O que motivou essa disparara foi o pagamento de R$ 1,1 bilhão aos acionistas através de dividendos e de R$ 600 milhões em variação de capital de giro.
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