Nesta quarta-feira (03), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas em relação ao novo coronavírus juntamente com o lockdown. A entrevista foi dada em frente ao Palácio da Alvorada. Um dia após o novo recorde de mortes, acrescentou em seu discurso: “Criaram pânico, né? Problema tá aí, lamentamos, mas você não pode entrar em pânico”.
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Ontem (02), o país chegou a registrar a faixa de 1.726 mortes, a maior em um ano de pandemia. A média móvel de mortes em uma semana chegou a ser de 1.274, ela é cerca de 23% maior que a de 14 dias atrás. Vale ressaltar que não é a primeira vez que o presidente atua com suas falas negacionistas em que negou o oferecimento de milhares de doses da Pfizer. Atualmente, a desenvolvedora norte-americana não aceita mais as negociações se o país não comprovar que terá como realizar o pagamento.
Dólar a quase R$ 6 e atitudes de Bolsonaro
O dólar pode chegar a custar cerca de R$ 6. A culpa não é exatamente da pandemia, que, como diz o presidente “Pessoal vai morrer de fome? De depressão?”. A razão dos altos preços se dá justamente após as falas de Bolsonaro sobre a troca da presidência da estatal, Petrobrás. Após isso, os investidores sentiram o clima de insegurança e decidiram ir para opções mais viáveis: em uma semana o valor de mercado decaiu em R$ 400 bilhões e as ações chegaram a diminuir 5,33% em um único dia. Apesar dos leilões e tentativas do Banco Central para controlar a crise, ontem (2) o pregão fechou em alta do dólar de 1,5%.
No quesito de pandemia, muitas cidades estão com todos os leitos ocupados. Os governadores pedem para que o presidente envie mais verbas para as UTI’s (unidades de terapia intensiva).
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