Uma portaria assinada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (10), foi a responsável por exonerar Alexandre de Oliveira Pasiani, que desempenhava a função de diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Segurança das Comunicações (Cepesc), uma entidade que é ligada à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responsável pelas pesquisas envolvendo o teste de segurança das urnas eletrônicas.
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Até o momento, a Abin não deu detalhes sobre a mudança e sequer anunciou quem será o substituto de Alexandre de Oliveira Padiani, que sai da função um dia depois que uma auditora do Ministério da Defesa ter dito que não encontrou fraudes nas eleições, mas que não é possível afirmar que não existiram irregularidades no pleito.
Hoje, a Abin faz parte do processo que avalia a segurança das urnas. O órgão, que há quase 30 anos tem um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e atua na comissão de transparência do processo eleitoral, criou, inclusive, uma das camadas de segurança usadas nas urnas.
Neste ano, a Abin se envolveu em uma polêmica quando o então diretor-geral Alexandre Ramagem divulgou material questionando a eficiência das urnas – ele deixou o cargo para concorrer a deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi substituído por Vitor Felismino Carneiro que, apesar de ser alinhado com Bolsonaro, tem um perfil mais moderado.
Assunto sobre urnas ‘acabou faz tempo’, diz Alexandre Moraes
Nesta quinta-feira, Alexandre de Moraes, presidente do TSE, disse que o assunto urnas eletrônicas “acabou faz tempo”. A afirmação do também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi feita após ele ter sido questionado sobre o relatório do Ministério da Defesa quanto aos equipamentos usados nas eleições deste ano.
De acordo com o documento, consta que técnicos não encontraram nada, mas não excluíram “a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”. Nesse sentido, a pasta afirma ter indicado ao TSE que “importantes aspectos demandam esclarecimentos”.
Além de dizer que assuntos precisam ser esclarecidos, o ministério fez sugestões ao tribunal. Em resposta, Alexandre de Moraes disse que o assunto “acabou faz tempo”, mas que “as sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas”.
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