O presidente Jair Bolsonaro (PL) estará presente na cerimônia de posse de André Mendonça, indicado por ele para ocupar o posto vago de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A presença do chefe do Executivo só será possível porque ele se submeteu a um exame onde testou negativo para a Covid-19.
A realização do exame, ou então a apresentação de um comprovante de vacinação completa contra a Covid-19, são exigências que o STF fez aos convidados que estiverem interessado em acompanhar, de maneira presencial, a cerimônia de posse de André Mendonça – o ato acontece nesta quinta-feira (16).
Essa exigência não é novidade no Supremo que, desde que voltou a permitir o acesso do público externo na Corte, no mês passado, obriga que os interessados em adentrarem no órgão apresentem o comprovante de vacinação.
Por outro lado, aqueles que não estiverem vacinados, como é o caso do presidente Bolsonaro, devem apresentar um teste negativo para Covid-19 realizado até 72 horas antes. Além do teste, o uso de máscaras e o distanciamento social também são medidas obrigatórias para a entrada nas dependências da Suprema Corte.
Importância do teste
O anúncio do STF é importante na medida em que havia um certo receio de que as exigências do órgão poderiam ser uma brecha para que Bolsonaro voltasse a atacar o STF. Isso porque o presidente tem se declarado contra a vacinação e também contra a exigência de que se comprove a imunização.
Nesse sentido, havia uma apreensão de que o presidente pudesse aparecer na cerimônia sem que ele comprovasse a vacinação tampouco o exame que atestasse que ele não estaria infectado. No mês passado, o advogado Frederick Wassef, que defende o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das rachadinhas, tentou entrar no STF sem apresentar um certificado de vacinação contra a Covid-19 e acabou sendo barrado.
Posse no STF
André Mendonça é o segundo ministro indicado por Bolsonaro para uma vaga no Supremo desde que ele assumiu a Presidência. Ele ocupará a cadeira que, até julho, era ocupada por Marco Aurélio Mello, que se aposentou compulsoriamente ao completar 75 anos.
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