O governo federal acredita que a Proposta de Emenda à Constituição, que trata sobre os precatórios, e é fundamental para o custeio do Auxílio Brasil, será aprovada na Câmara dos Deputados. Todavia, o mesmo não pode se dito do texto no Senado, onde a equipe do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vê mais dificuldade em aprovar a norma.
Nesse sentido, informou nesta sexta-feira (29) a jornalista da “Globo News” Andreia Sadi, Bolsonaro já admite para seus aliados que trabalha com um plano B para caso a proposta não se desenvolva nas mãos dos senadores.
De acordo com a jornalista, a ideia do chefe do Executivo, caso o projeto não avance, é decretar um novo estado de calamidade e, com isso, prorrogar o auxílio emergencial, que já tem data para acabar: novembro.
Não é segredo para ninguém que o auxílio emergencial foi criado para atender às famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia. Com o fim do programa, o governo precisava de algo para preencher a lacuna causada pela descontinuidade do benefício.
Pensando nisso, a ideia do governo foi criar o Auxílio Brasil, um programa que, além de servir para substituir o benefício distribuído durante a pandemia, será quem tomará o lugar do Bolsa Família, outra iniciativa que deixa de existir neste ano.
Todavia, para que todos esses planos sejam executados, é preciso abrir um espaço fiscal no orçamento visando financiar o Auxílio Brasil. No entanto, nem na Câmara dos Deputados, Casa onde o governo está mais confiante, existe uma certeza de vitória.
Apesar disso, aponta a jornalista da “Globo News”, o descontentamento está mesmo reservado à cúpula do Senado, que não tem mostrado agilidade na discussão de pautas que são de interesse da gestão de Bolsonaro.
Para Bolsonaro, inclusive, essa demora está ligada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não está muito interessado na votação da PEC que visa furar o teto de gastos para 2022, tem afirmado o chefe do Executivo.
Segundo as informações, essa afirmação de Bolsonaro acontece porque ele está crente que o chefe do Senado, iminente candidato à presidência da república em 2022, está segurando a pauta porque não quer dar gás para o atual presidente, que vê no Auxílio Brasil uma chance de tentar recuperar sua popularidade, bastante afetada nos últimos meses.
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