O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para acompanhar manifestação em apoio ao seu governo na manhã deste sábado (1º).
Por volta das 11h, dois helicópteros da presidência deixaram o Palácio da Alvorada rumo ao Centro da Capital.
O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, acompanhou o presidente durante o voo.
Apoiadores do governo de Bolsonaro protestam em diferentes estados e municípios do Brasil a favor do presidente e em apoio ao Planalto.
Depois de cerca de 40 minutos de passeio, o presidente da República retornou ao Palácio da Alvorada.
Mais cedo, ele participou, por videoconferência, da Expozebu, tradicional evento do setor do agronegócio.
Manifestações em Brasília
Na capital federal, o presidente acompanhou cerca de 5.000 pessoas que ocuparam o gramado do Congresso Nacional vestindo verde e amarelo.
Bolsonaro passou pouco mais de meia-hora observando de cima a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde estava a concentração de apoiadores.
Deputados aliados ao governo participaram das manifestações, incluindo o seu filho, Eduardo Bolsonaro.
Os manifestantes pedem pelo fim do lockdown decretado por governadores e prefeitos.
Além disso, as manifestações que vêm sendo planejadas por grupos bolsonaristas desde o início do mês passado, pedem o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e intervenção militar.
Com o chamado “Eu Autorizo Presidente”, bolsonaristas prestam suporte ao governo que enfrenta críticas pela condução na pandemia do novo coronavírus.
O nome das manifestações foi uma resposta ao chefe do Executivo, que disse que aguardava “uma sinalização” dos brasileiros para “tomar providências” contra medidas de restrição de circulação decretadas por governadores e prefeitos contra o novo coronavírus.
Atos em ao menos oito estados
Pela manhã, os apoiadores de Jair Bolsonaro se aglomeraram e fecharam ruas em ao menos oito estados e no Distrito Federal.
Na capital mineira, centenas de apoiadores do presidente se reuniram no centro de Belo Horizonte com marchas militares e ao som de axé.
Moradores de prédios localizados nas imediações do ato, contrários ao movimento, bateram panela e jogaram ovos nos manifestantes.
Muitos deles carregavam faixas e cartazes pedindo intervenção militar.
Com carro de som e manifestantes vestidos nas cores verde e amarela e portando bandeiras do Brasil, a caminhada no Rio de Janeiro se deu na orla de Copacabana, na Zona Sul da cidade.
O evento, de acordo com o Centro de Operações da prefeitura do Rio, provoca bastante aglomeração e retenção no trânsito em vias próximas.
Em São Paulo, apoiadores do presidente ocuparam parte da Avenida Paulista durante o ato “Supremo é o Povo”.
Os manifestantes protestaram contra o Supremo Tribunal Federal e o governador paulista João Doria.
Eles criticaram as medidas de restrição social implantadas pelo tucano.
O uso da data para criticar uma das principais ferramentas utilizadas por governadores e prefeitos para conter a pandemia ocorre no momento em que o país ultrapassou a marca de 400 mil mortos pelo novo coronavírus.