Jair Bolsonaro (sem partido) só não foi pior do que um chefe do Executivo da América Latina na gestão da Covid-19. Quem diz isso é uma pesquisa feita pelo instituto de pesquisas Ipsos, que constatou que Nicolás Maduro, da Venezuela, foi o pior presidente.
De acordo com o instituto, a avaliação foi feita a partir de entrevistas com 380 formadores de opinião de 14 países da América Latina ouvidos sobre a gestão da pandemia. Na liderança, aparece o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou. Enquanto isso, Bolsonaro aparece em penúltimo lugar, na companhia do presidente da Venezuela, seu desafeto declarado.
Vacinação reflete no resultado dos presidentes
Segundo o Ipsos, a popularidade dos presidentes na pesquisa está atrelada à campanha de vacinação de seus respectivos países. Prova disso é que, enquanto o chefe do Executivo do Uruguai tem 20% de desaprovação, Bolsonaro e Maduro tiveram um índice de 85% e 90%, respectivamente.
Atualmente, o Uruguai está quase se livrando da ameaça da Covid-19, com mais de 60% da população vacinada com as duas doses. Nesse sentido, a expectativa é que, até setembro, o país vizinho alcance a imunidade de rebanho.
Por outro lado, diferentemente do Uruguai, o Brasil se encontra no pior momento possível e isso reflete o caos sanitário em que o país se envolveu. Como exemplos, tem-se os colapsos de hospitais, a falta de oxigênio, os atrasos na vacinação e o fechamento das fronteiras aos brasileiros.
Hoje, a taxa de vacinados no Brasil está 17,8%. Isso ainda mantém o país isolado e em situação de risco, não sendo pior, apenas, do que a Venezuela, que apenas imunizou 3,8% da população. Por fim, a percepção dos participantes da pesquisa é que, no último ano e meio, o Brasil chegou bem perto da administração da Venezuela, considerada uma das piores do mundo.
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