O primeiro turno foi no domingo (02) e, nesta segunda-feira (03), a equipe que cuida da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já começou a definir qual será a estratégia para o segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto, marcado para o próximo dia 30 de outubro.
Assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro somou 43% dos votos válidos e ficou em segundo no primeiro turno, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que somou 48%. O resultado de Bolsonaro surpreendeu, pois ele somou um percentual maior do que previam os institutos de pesquisas, evitando assim uma vitória do petista na primeira etapa do pleito.
De acordo com a jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, Bolsonaro se reuniu nesta segunda com seus auxiliares e políticos aliados, como a deputada reeleita Bia Kicis (PL) e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que irá disputar o segundo turno do governo de São Paulo contra Fernando Haddad (PT).
Depois do encontro, Bia Kicis concedeu uma entrevista dizendo que, durante a reunião, colocou-se à disposição para, juntamente com Damares Alves (Republicanos), eleita senadora do Distrito Federal, e de primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ajudar o chefe do Executivo a melhorar seu desempenho com o eleitorado feminino. Segundo a parlamentar, ela pode ajudar o chefe do Executivo a virar a corrida presidencial.
“A única coisa que foi falado é que nesse momento vou trabalhar junto com a senadora Damares e com a primeira-dama para a gente levar a voz da mulher pelo Brasil. Uma voz cristã também, eu como católica, a gente sabe que tanto a senadora como a primeira-dama são evangélicas, falam muito bem para público evangélico, eu quero falar pro público católico também, trabalhar para buscar voto que é o que importa agora”, afirmou a deputada.
Apoios de Bolsonaro nos estados
Além de tentar diminuir a rejeição com o eleitorado feminino, a equipe de Bolsonaro quer buscar apoio nos estados. De acordo com Andreia Sadi, a campanha do presidente esperar ter, ainda nesta semana, um apoio declarado importante: do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) – no primeiro turno, Bolsonaro foi derrotado por Lula no estado.
Além disso, a campanha, além de esperar empenho do governador reeleito do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL), quer fortalecer a aliança com Tarcísio de Freitas, que está no segundo turno em São Paulo, maior colégio eleitoral de país e região essa onde Bolsonaro espera ampliar sua vantagem sobre Lula.
Não suficiente, Bolsonaro também espera receber apoio de outros políticos como ACM Neto na Bahia (União Brasil), que disputará o segundo turno contra Jerônimo Rodrigues (PT). Na Bahia, a intenção é reduzir a vantagem de Lula, que venceu com sobras na região.
Leia também: Primeiro turno teve 11 milhões de votos válidos a mais do que em 2018