Jair Bolsonaro (PL), presidente derrotado no segundo turno da eleição presidencial por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (30) passado, teve o primeiro encontro pessoal com um membro da próxima gestão do Executivo. Nesta quinta-feira (03), o vice do petista, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), foi até o Palácio do Planalto e recebeu os cumprimentos de Bolsonaro.
De acordo com informações da “TV Globo”, o encontro entre Geraldo Alckmin, que será o responsável pela coordenação da equipe de transição de governo, e o presidente, foi rápido e aconteceu de portas fechadas.
A reunião foi realizada instantes depois de Geraldo Alckmin ter concedido uma entrevista a jornalistas e, na sequência, ter sido levado pelo chefe de gabinete de Bolsonaro, Pedro Cesar Nunes Ferreira Marques de Sousa, até o presidente da República, que passou a manhã na residência oficial do Palácio da Alvorada, tendo ficado apenas cerca de 30 minutos no Palácio do Planalto.
Até o momento, Bolsonaro não tem cumprido as tradições normalmente cumpridas por candidatos derrotados. Ao fim das eleições, por exemplo, o candidato que perde costuma telefonar para o vencedor e ainda conceder uma entrevista comentando sobre o pleito. Após a confirmação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que Lula seria o presidente do Brasil em 2023, todavia, Bolsonaro não telefonou ao adversário e sua primeira declaração foi feita após mais de 48h.
Até esta quinta-feira, Bolsonaro não havia dado os parabéns a Lula e sequer citado o nome do petista, que exercerá o cargo de presidente da República pela primeira vez, sendo o primeiro presidente após a redemocratização a voltar ao poder. Bolsonaro, em contrapartida, foi o primeiro chefe do Executivo a perder uma eleição.
Alckmin responsável pela transição
O ex-governador de São Paulo foi ao local com o objetivo de participar de uma reunião com o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). Assim como publicou o Brasil123, será o chefe da pasta o responsável por coordenar a transição do lado da gestão de Bolsonaro nesses próximos dois meses até a posse de Lula, marcada para o dia primeiro de janeiro do ano que vem.
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