Jair Bolsonaro (PL), presidente da República que foi derrotado pelo chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou nesta quarta-feira (23) ao Palácio do Planalto. Essa foi a primeira vez em 19 dias que ele saiu do Palácio do Alvorada rumo ao local. De acordo com informações da “TV Globo”, Bolsonaro chegou na sede do Poder Executivo pela manhã, local que não frequentava desde o dia 03 de novembro.
Bolsonaro perdeu presença nas redes sociais após derrota para Lula
Na ocasião, ele se encontrou com Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito. Segundo pessoas que estiveram no encontro, feito a portas fechadas, Bolsonaro chegou a pedir que o ex-governador de São Paulo impedisse que o comunismo fosse instaurado no Brasil – durante as eleições, Bolsonaro e seus aliados associaram Lula ao comunismo, dizendo que, com o petista, o país se tornaria igual a países como Venezuela e Cuba.
Antes disso, a última agenda oficial do presidente no Palácio do Planalto havia sido registrada no dia 31 de outubro, quando ele se encontrou com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Isso, um dia após o segundo turno da eleição presidencial. Passados 23 dias das eleições, Bolsonaro ainda não reconheceu publicamente a derrota para o petista.
Assim como publicou o Brasil123, no dia 01 de novembro, o presidente convocou a imprensa para um pronunciamento no Palácio da Alvorada. Na ocasião, sem responder a perguntas de jornalistas, o presidente, além de afirmar que as pessoas irão sentir sua falta, disse que continuará cumprindo a Constituição Federal.
Pedido de anulação de votos
Na terça-feira (22), o Partido liberal (PL), legenda do presidente, pediu a anulação dos votos registrados em cerca de 60% das urnas utilizadas durante as eleições. De acordo com a sigla, uma auditoria analisou os equipamentos e teria encontrado dois supostos pontos de atenção em relação às urnas.
Segundo o PL, um dos pontos é que em 200 urnas, após terem sido inicializadas, aparecem os CPFs de quem já votou. Conforme a auditoria, isso fere privacidade do voto, embora no momento da reinicialização da urna não apareça em quem determinado eleitor votou. Não suficiente, no texto, também há a afirmação de que as urnas anteriores ao modelo de 2020 geram o mesmo número de identificação.
Leia também: Advogado de Bolsonaro participa de ato na frente ao Exército do Distrito Federal