Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, recebeu nesta quinta-feira (06) deputados e governadores reeleitos no último domingo (02). No encontro, feito para traçar estratégias que visam o reeleger, Bolsonaro pediu desculpas porque, nos últimos anos, falou “demais muitas vezes” e ofendeu algumas pessoas “de forma não intencional”.
Esse pedido de Bolsonaro aconteceu no momento em que ele falava sobre suas ações na pandemia da Covid-19 e durante o período de guerra na Ucrânia, país invadido pela Rússia em fevereiro deste ano. “Falei demais muitas vezes, reconheço, ofendi algumas pessoas de forma não intencional, me desculpem, mas é o calor de uma luta da vida contra a morte, no caso da pandemia”, completou Bolsonaro.
Durante o encontro, que contou com a participação de políticos como presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e os governadores reeleitos Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Gladson Cameli (PP), do Acre; e Antônio Denarium (PP), de Roraima, Bolsonaro ainda justificou suas ações dizendo que o Executivo é muitas vezes quem tem que tomar as decisões mais difíceis.
“Como todo o respeito ao Legislativo, quem decide na ponta da linha, sozinho muitas vezes, é o chefe do Executivo – é o prefeito, o governador, é o presidente. As decisões não são fáceis. E trago comigo um ensinamento militar: ‘Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão’. Nós nunca nos omitimos, mesmo com o desgaste”, afirmou o presidente.
Além dele, quem também discursou foi sua esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Durante sua fala, ela pediu desculpas pelos “palavrões” do marido. “Perdão a todos pelos palavrões do meu marido. Eu não concordo, mas ele é assim. Tem gente que gosta, né?”, disse ela, que ainda relatou estar saindo de sua zona de conforto ao auxiliar o marido na campanha.
De acordo com a primeira-dama, ela prefere cumprir outras funções como “ser mãe e esposa”. “Não sou essa oradora, como Bolsonaro fala. Realmente, estou saindo da minha zona de conforto, prefiro ser mãe e esposa, ajudadora, porque esse é o papel da mulher. Mas, se Deus quer assim, vou pedir a Ele para me dar sabedoria”, afirmou Michelle Bolsonaro.
Nos últimos meses, a primeira-dama tem participado mais de atos políticos. A ideia é que, com a esposa, Bolsonaro consigo atrair o eleitorado feminino, segmento este que mais rejeita o chefe do Executivo. Michelle Bolsonaro também é muito bem-quista no segmento evangélico, um dos que mais apoiam o presidente.
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