Com a expectativa de nomear os indicados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro disse em conversas com aliados que fará um “pente fino”, a fim de evitar novos ministros como Barroso.
A relação de Jair Bolsonaro com o ministro Luís Roberto Barroso não é a das melhores, os dois vêm trocando farpas a partir de certas decisões. Luís Roberto Barroso é ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ex-presidente do TSE.
Conflitos com Luís Roberto Barroso e indicados
Dentre os vários conflitos entre o presidente e o ministro, o principal gira em torno do processo eleitoral brasileiro em urnas eletrônicas. O Presidente Jair Bolsonaro, mesmo sem provas, questiona a lisura e a regularidade do pleito, já Barroso é um fervoroso defensor do sistema atual das eleições.
Atualmente, o Planalto brasileiro está analisando quatro nomes indicados pelo atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin. No momento são quatro nomes indicados, são eles: Vera Lúcia Santana Araújo, Rogéria Fagundes Dotti, André Ramos Tavares e Fabrício Juliano Mendes Medeiros.
Quem são os indicados por Edson Fachin
A fim de conhecer melhor quem são os indicados pelo então presidente do TSE, preparamos um pequeno tópico sobre o histórico de um dos futuros ministros.
Dentre todos, André Ramos é o mais atuante, ele foi diretor da Escola do Tribunal Superior Eleitoral na gestão do então ministro Ricardo Lewandowski e foi também indicado para a Comissão de Ética Pública da Presidência no governo do presidente Michel Temer.
Já Fabrício Medeiros, advogou para o partido Democratas, que se fundiu ao PSL neste ano, após a criação do partido União Brasil. Além disso, temos também Rogéria Dotti e Vera Lúcia. A primeira é uma defensora da Operação Lava a Jato, já a outra é advogada e ativista da Associação Brasileira de Juristas e da Frente de Mulheres Negras do Distrito Federal.
Bolsonaro e outros indicados
Recentemente o presidente Jair Bolsonaro nomeou a advogada Maria Claudia Pinheiro para o ministério. Apesar de sua história com clientes do PT, como por exemplo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pesou a seu favor o nome ter sido avalizado pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
Nesse sentido, Bolsonaro deverá levar em conta o nome que seus aliados mais próximos endossarem. Além disso, ficará por conta do Supremo Tribunal Federal (STF) formar uma lista tríplice a partir dos quatro nomes para encaminhar à presidência da república, cabendo o ato final de escolha do então presidente Jair Bolsonaro.
Portanto, o escolhido de Bolsonaro poderá se tornar o relator das ações sobre a propaganda eleitoral. Por conta dos conflitos anteriores, o Tribunal Superior Eleitoral já tem articulado outro juiz para essa ocasião, a fim de evitar um possível conflito de interesses.