Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, afirmou nesta terça-feira (07) que, no feriado de 07 de setembro, novas manifestações serão realizadas pelo Brasil. De acordo com ele, o intuito do movimento é mostrar de qual lado a população está. A declaração de Bolsonaro aconteceu durante sua entrevista ao “SBT News”.
Na ocasião, ele acusou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de atuarem a favor da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro deste ano.
“O que está sendo organizado, por exemplo, é um 7 de Setembro, onde a presença do povo estaria dando uma demonstração de que lado eles estão. Eles estão ao lado da ordem, ao lado da ética, ao lado da lei, ao lado da Constituição, da democracia, da defesa da família, contra a ideologia de gênero, contra o aborto”, disse Bolsonaro.
“O que eles querem também? Querem eleições limpas, transparentes”, afirmou o chefe do Executivo, voltando a colocar em dúvida o sistema eleitoral. Isso, sem apresentar provas sobre as supostas fraudes.
Bolsonaro diz em quebra de acordo
Durante a entrevista, Bolsonaro ainda disse que o ministro Alexandre de Moraes, que é um de seus principais desafetos na vida pública, está descumprindo pontos de um acordo feito no ano passado, após os atos realizados no 07 de setembro.
Na época, com a ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB), Bolsonaro divulgou uma carta com o intuito de tentar estabelecer uma trégua na guerra institucional entre a chefia do Executivo e a cúpula do Judiciário. No texto, assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro disse que suas palavras agressivas “decorriam do calor do momento”.
“Estava eu, Michel Temer e um telefone celular na minha frente. Ligamos para o Alexandre de Moraes e conversamos por três vezes com ele. E combinamos certas coisas para assinar aquela carta. Ele não cumpriu nenhum dos itens que eu combinei com ele”, disse Bolsonaro.
Segundo o presidente, que diz não ter gravado a conversa, o ministro não cumpriu os termos acordados. “O seu Alexandre de Moraes não cumpriu uma só das coisas que acertamos para assinar aquela carta”, completou o chefe do Executivo.
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