Nessa sexta-feira, dia 18 de fevereiro de 2022, o Brasil ganhou uma afirmação polêmica em relação a viagem de Jair Bolsonaro, atual presidente brasileiro, à Rússia. Isso dado que, Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, nos Estados Unidos, falou que o Brasil parece mais estar do lado oposto ao da grande maioria de toda a comunidade global.
Essa afirmação parte da comitiva presidencial enviada para a Rússia, nessa semana, da qual o próprio Bolsonaro participou. O que ocorre é que a atual situação do país é bastante crítica. Afinal, há uma forte ameaça russa de invadir os territórios da Ucrânia. Essa tensão reduziu um pouco, com o retorno de algumas tropas russas, mas, mesmo assim, o clima ainda é bastante tenso.
Nesse sentido, para grande parte da comunidade internacional, essa intenção da Rússia de invadir um território que não lhe pertence é algo inaceitável. Por isso, a própria União Europeia, bem como os Estados Unidos tentam intermediar essa situação.
Quando marcou sua viagem, os Estados Unidos se mostraram contrários ao fato do governo brasileiro realizar essa visita diplomática. No entanto, o atual presidente brasileiro se negou a submeter ao pedido norte-americano, para não demonstrar submissão. Além do mais, alegou que havia temas e acordos importantes para tratar com a Rússia.
Para os Estados Unidos, Bolsonaro foi contra o entendimento mundial da situação na Ucrânia
Assim, para Jen Psaki, essa viagem foi uma mensagem negativa para o Brasil, mostrando um posicionamento contrário ao que as demais nações possuem. Segundo as palavras da porta-voz, ela não conversou diretamente com Joe Biden, atual presidente norte-americano, mas que se trata de algo muito claro.
Afinal, de acordo com Psaki, a grande maioria da comunidade internacional tem uma visão muito direta sobre essa questão. Isso dado que, invadir um território que não pertence ao país, causar terror na população, e uma enorme tensão em todo o mundo, não é algo positivo.
Vale lembrar, é claro, que Bolsonaro não declarou oficialmente que apoia as atitudes da Rússia. Mesmo assim, o próprio ato da viagem é tido como algo muito negativo, pois poderiam haver outros momentos mais oportunos, segundo o entendimento dos Estados Unidos.
Então, essa mensagem pode interferir em outros pontos relacionados a conduta internacional do Brasil. Isso visto que o país ocupa uma espécie de assento rotativo dentro do Conselho de Segurança da ONU. Fora isso, há também a questão do país ser um aliado militar dos Estados Unidos, extra-Otan.
E, ainda em relação a Otan, os norte-americanos começaram a apoiar o Brasil (e Bolsonaro), já no governo de Biden, a virar um parceiro global do grupo. E isso seria muito importante para aumentar a capacidade militar brasileira. Mas, nesse atual momento, os Estados Unidos tem a intenção de efetivamente reunir a Otan e também o Conselho de Segurança da ONU contra a Rússia. Por isso, um alinhamento do Brasil com esse entendimento internacional poderia ser algo bastante positivo para o país. Principalmente, tendo em vista a própria aliança com os EUA.