O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu para que o Exército Brasileiro matricule a filha do chefe do Executivo, Laura Bolsonaro, de 10 anos, sem que ela precise passar pelo processo seletivo da entidade.
De acordo com informações do jornal “Folha de S. Paulo”, o Exército afirmou que “a solicitação vai passar pela análise do comandante da força, Paulo Sérgio de Oliveira”.
Segundo o edital do concurso de admissão para o Colégio Militar de Brasília, publicado no Diário Oficial da União (DOU) no começo deste mês, o processo seletivo é para o período letivo de 2022.
Ao todo, serão ofertadas 15 vagas para alunos do sexto ano do ensino fundamental, série em que a filha do presidente estará no próximo ano.
De acordo com a “Folha”, foi apresentado um requerimento de matrícula em caráter excepcional na unidade de ensino do Exército em nome de Laura Bolsonaro.
Ainda segundo a informações do jornal, o Exército afirmou que “esse tipo de pedido excepcional está previsto no regulamento dos Colégios Militares”.
Bolsonaro comentou sobre o assunto
Durante a semana, em conversa com seus apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro admitiu que tem a intenção de colocar a filha para estudar no colégio militar.
“A minha filha deve ir ano que vem para lá [colégio militar] e a imprensa já tá batendo. Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, afirmou o chefe do Executivo.
Conforme o regulamento dos militares, “casos considerados especiais” devem ser analisados pelo comandante, ou seja, Paulo Sérgio de Oliveira, com apoio do Departamento de Educação e Cultura do Exército (Decex).
“Os pedidos são avaliados conforme justificativa apresentada pelo interessado”, afirmou a instituição, que ressaltou que o pedido sobre a matrícula de Laura Bolsonaro está sob avaliação do Decex. Depois disso, o tema será encaminhado para o comandante do Exército, que emitirá sua opinião sobre o assunto.
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