O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo aos comerciantes do país nesta quinta-feira (9). A saber, ele pediu aos empresários do setor alimentício que reduzam a margem de lucro sobre a produção e venda da cesta básica.
De acordo com Bolsonaro, o pedido visa diminuir a inflação no Brasil. Em resumo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa inflacionária variou 0,47% no mês passado.
Esse avanço foi bem menor que o registrado em abril (1,06%). Aliás, o decréscimo contribuiu para a desaceleração da inflação em ritmo anual, de 12,13% em abril para 11,73% em maio. Contudo, a taxa segue bastante acima da meta central para 2022.
“Nós devemos em momentos difíceis como esses, entendo, todos nós colaborarmos. Então, o apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildes”, disse Bolsonaro.
As declarações do presidente ocorrerão em um fórum promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram do evento por videoconferência. A propósito, o presidente está nos Estados Unidos, onde participa da Cúpula das Américas.
Bolsonaro torce para o fim da guerra na Ucrânia
No evento, o presidente Bolsonaro afirmou que espera que a guerra entre Rússia e Ucrânia chegue ao seu ponto final brevemente”. Segundo ele, “pelo o que tudo indica, [a pandemia] já teve praticamente o seu ponto final”.
Além disso, os preços elevados dos produtos que compõem a cesta básica, como leite, café, açúcar, ovos e óleo de soja, estão agindo como verdadeiros vilões da inflação no país.
“Esse é o apelo que eu faço aos senhores. Eu sei que a margem de lucro tem cada vez diminuído mais também, os senhores já vêm colaborando dessa forma, mas colaborem um pouco mais na margem de lucro dos produtos da cesta básica”, disse Bolsonaro.
Entenda como a meta da inflação é definida
Em suma, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta da inflação em 3,5% para este ano. A propósito, a taxa pode variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo que cumprirá formalmente a meta. Isso quer dizer que a inflação poderá chegar a 5,0% em 2022 que não extrapolará a meta.
Contudo, os economistas do mercado financeiro estimam que a taxa inflacionária encerrará o ano em 8,89%. Caso esse cenário se confirme, o país irá estourar pelo segundo ano consecutivo a meta da inflação.