Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, esteve na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (03) para participar de um culto religioso organizado pela bancada evangélica em um dos auditórios da Casa.
De acordo com informações do portal “G1”, o evento foi intitulado como “Culto da Ceia” e contou com a presença de deputados como o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL). Além dele, também esteve na Câmara alguns ministros da atual gestão como Marcelo Queiroga, da Saúde, e Celio Faria, da Secretaria de Governo.
Apesar de ser católico, Bolsonaro frequentou, durante sua campanha eleitoral e ao longo do mandato, vários eventos evangélicos. A razão dessa proximidade é o fato de a primeira-dama Michelle Bolsonaro ser evangélica.
No culto desta quarta, ainda conforme publicou o portal, Bolsonaro disse que o Brasil vive hoje uma “luta do bem contra o mal”. Além disso, ele também voltou a criticar governadores e prefeitos que adotaram medidas para conter a pandemia da Covid-19, que matou mais de 670 mil pessoas no país.
Por fim, Bolsonaro ainda tornou a ironizar o manifesto organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Na terça (02), o presidente classificou como “cara de pau” e “sem caráter” as pessoas que assinaram a carta em defesa da democracia organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Hoje, o manifesto já conta com mais de 700 mil assinaturas.
Bolsonaro em busca de apoio dos evangélicos
Tentando ser reeleito, Bolsonaro está em busca do eleitorado evangélico, que tanto o ajudou em 2018. Hoje, de acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, pessoas que se declaram evangélicas estão divididas entre a esquerda e a direita.
Conforme o levantamento, 41% das pessoas deram respostas mais inclinadas para a esquerda, enquanto 37% para a direita. Segundo o Datafolha, como a margem de erro da pesquisa, que tem 95% de confiabilidade é de quatro pontos, o resultado terminou tecnicamente empatado.
Bolsonaro corre contra o tempo em busca de apoio. Isso porque, há menos de três meses das eleições, ele se encontra muito atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, de acordo com o mesmo Datafolha, tem 47% das intenções de votos. Bolsonaro tem 29%.
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