O presidente Bolsonaro está parabenizando os policiais que realizaram a operação no Jacarezinho que deixou cerca de 29 mortos, sendo um deles o policial civil André Leonardo Frias, 48 anos. Em suma, essa foi a primeira manifestação pública de Jair sobre o caso que foi criticado pela ONU em relação à violência policial.
As autoridades pediram que o Ministério Público apurasse a situação. A decisão policial foi criticada por grandes órgãos que argumentam não ter sido necessário. A publicação foi parar em suas redes sociais neste domingo (09).
“Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!”, escreveu Bolsonaro.
Os traficantes usavam crianças e adolescentes para envios de drogas e se escondiam na favela. Contudo, após algumas denúncias anônimas, a polícia descobriu onde estavam e realizou a operação.
André Leonardo, policial que morreu durante a operação que foi uma das maiores do Rio de Janeiro, também foi abordado pelo presidente: lamentou a sua morte enquanto estava no trabalho, que atualmente vem sendo um dos mais arriscados.
Bolsonaro defende violência policial
Foram 21 mandados de prisão em que apenas 3 ocorreram e foram realizados e 3 acabaram sendo mortos. Já ocorreram entradas de policiais nas favelas mas não foram causas de tantas mortes como na última quinta-feira (06).
Moradores e jornalistas argumentam que os policiais atiraram fogo sem mesmo dar a chance dos culpados se renderem. Jornais europeus argumentam que os policiais foram agressivos sem a necessidade de que isso acontecesse.
O setor já é criticado há tempos devido ao uso de violência sem a necessidade na maioria dos casos.
“A gente está recebendo muitas imagens, muitos áudios que dizem que houve invasão de casas, houve destruição de patrimônio. Há suspeita de execuções extrajudiciais, ou seja, as pessoas foram mortas sem chance de defesa, já dominadas”, afirmou Jurema Werneck.
De acordo com o G1, de todos os mortos, cerca de 23 dos corpos foram removidos do local sem a chegada da perícia.