Jair Bolsonaro (PL), presidente da República e candidato à reeleição, negou nesta terça-feira (11) que um segundo mandato seu será marcado pelo corte de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de pessoas com HIV. A afirmação do chefe do Executivo foi feita em uma entrevista coletiva durante sua passagem por Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
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Em um primeiro momento, Bolsonaro relatou que o Orçamento para 2023 não é um decreto assinado por ele, mas sim um projeto que sua gestão envia ao Congresso, que “faz as devidas correções e só depois de fazer as correções – com sanção ou com o veto presidencial – que ele se torna o orçamento de verdade”.
Nesse sentido, ele afirmou que são inverídicas as informações de que haverá cortes no próximo ano caso ele consiga ser reeleito como chefe do Executivo. “Essas críticas: vai faltar ovo ano que vem na merenda, fralda geriátrica não terá para os idosos, farmácias populares sofreram cortes… Não é verdade, é mentira”, afirmou Bolsonaro aos jornalistas.
Durante a última semana, o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou detalhes dos supostos cortes de verbas do governo para o ano de 2023. No Ministério da Saúde, por exemplo, foram 12 programas atingidos. Um deles foi o responsável pela distribuição de medicamentos para pessoas que estão sendo tratadas por Aids, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais.
Nesta terça, durante a entrevista, Bolsonaro também disse que, em seu governo, todo o orçamento foi executado e que a oposição não tem o que criticar e, por isso, está trazendo à tona pautas do futuro. “O PT não tem o que falar de mim, então está falando algo para o futuro. É a mesma coisa de o PT divulgar que eu sou canibal, não tem cabimento”, começou o presidente.
“É sinal de que eles não têm o que criticar. No meu governo não teve corte de nada, todo orçamento foi executado”, completou o presidente em alusão ao vídeo que viralizou nas redes sociais na semana passada. Na ocasião, durante entrevista ao jornal americano “The New York Times”, Bolsonaro disse que “comeria um índio sem nenhum problema”.
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