Nesta terça-feira (28), o Brasil123 mostrou que a polêmica envolvendo as joias supostamente dadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo regime da Arábia Saudita parece estar longe do fim. Isso porque uma reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” revelou que o ex-chefe do Executivo, que hoje se encontra nos Estados Unidos, ficou com um outro conjunto de joias dados de presente por autoridades sauditas durante uma viagem oficial feita por ele em 2021.
Segundo a publicação, os itens estão guardados em um galpão reservado para itens que Bolsonaro levou do Palácio do Alvorada no final do ano passado. Dentre esses objetos, existem vários itens de valor elevado como, por exemplo, um relógio Rolex, um par de abotoaduras em ouro branco com um brilhante cravejado no centro e uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.
Nesta terça, ao comentar o surgimento de mais uma polêmica envolvendo Bolsonaro e as joias sauditas, Ciro Nogueira (PP), senador e ministro da Casa Civil durante a gestão do ex-presidente, afirmou que seu ex-chefe “não tem cara de ladrão”. “A questão das joias vai ser explicada. Bolsonaro não tem cara de ladrão, não tem atitude de ladrão. Isso não vai colar de forma nenhuma na população. Temos que esquecer um pouco isso de governo Bolsonaro”, disse o parlamentar durante uma entrevista ao portal “UOL”.
Ainda durante a entrevista, ele afirmou que é preciso tirar o governo Bolsonaro de foco e dar mais importância à gestão atual, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ex-ministro, se não fosse pelo caso das joias e pelos ataques feitos por apoiadores radicais de Bolsonaro no 08 de janeiro, as pessoas “estariam nas ruas” reclamando da atual administração.
“O sentimento em Brasília é que esse governo não começou —até começou, mas de maneira frustrante. […] O presidente Lula está agindo como [o imperador romano] Nero, querendo colocar fogo em tudo. Quem vai sofrer isso mais para frente é a maioria dos eleitores dele”, disse ele, que na semana passada comentou que Bolsonaro, caso fique inelegível por conta de um processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ficará ainda mais forte politicamente falando.
“Se cometerem essa injustiça […], ele vai se tornar muito mais forte. O Bolsonaro inelegível vai ficar muito mais forte do que ele elegível”, afirmou ele, completando que a prioridade é a candidatura do ex-presidente nas eleições de 2026, mas, que caso isso não aconteça, o nome escolhido pela direita deve ser o de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, ‘pela forma como ele tá conduzindo o governo de São Paulo, pelo tamanho de São Paulo”.
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