O presidente da República, Jair Bolsonaro, mencionou recentemente, a criação de um pacote de benefícios denominado de microeconomia. O pacote reúne uma série de benefícios com foco nas necessidades de grupos específicos.
A iniciativa foi tomada poucos dias após Bolsonaro cobrar esclarecimentos do ministro da Economia sobre a retomada econômica do país em um patamar aceitável. Ao que tudo indica, as investidas do presidente não param por aí, pois ele informou que também pretende elaborar novas linhas de crédito com a incidência das menores taxas de juros do mercado.
Acredita-se que essas proposições estejam ligadas à intenção de Bolsonaro em alavancar a popularidade em virtude da concorrência ao pleito eleitoral de 2022. Nota-se que este pacote de benefícios tem um forte apelo popular, o que, teoricamente, poderia amenizar a imagem negativa criada pelo próprio presidente ao proferir ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante as manifestações no 7 de setembro.
As ações neste sentido tiveram início no último domingo, 12, após a sanção da lei que dobra o número de beneficiários do programa Tarifa Social. O programa voltado a famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), possibilita a aquisição de descontos de até 65% na conta de luz junto à isenção da nova bandeira tarifária, a de escassez hídrica que se sobrepõe à bandeira vermelha patamar 2.
Na verdade, esta semana foi marcada pela inovação de benefícios sociais. Na segunda-feira, 13, foi a vez das tratativas envolverem o teto do programa habitacional, Casa Verde e Amarela. Na oportunidade, a Medida Provisória editou o programa Habite Seguro, que tem o propósito de facilitar o financiamento imobiliário para policiais, bombeiros, agentes penitenciários, guardas municipais e peritos.
Nota-se que essas medidas atendem especificamente determinados grupos em um momento que o próprio Bolsonaro notou uma queda drástica em sua aceitação perante o povo brasileiro. A baixa popularidade gerou uma reviravolta econômica, afetando, até mesmo, o mercado internacional por meio da bolsa de valores.
De acordo com dados obtidos pelo Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central e divulgado no início desta semana, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2022 teve uma queda de 1,72%. A projeção inicial para o ano em que ocorre o pleito eleitoral é de 2,04%.
No que compete à estimativa de inflação para 2021, esta já atingiu o patamar de 8% para alguns especialistas. De toda forma, este percentual é mais que o dobro da menção feita pelo Banco Central, que era de 3,75%.
Na oportunidade, o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) também se pronunciou sobre os trâmites idealizados pelo presidente. Durante reunião no Palácio do Planalto, Pedro Guimarães, informou que em breve o banco irá anunciar uma redução na taxa de juros para quem deseja financiar a casa própria. Mas é preciso ter em mente que a incidência da taxa Selic permanece, e hoje está em 5,25%.
“A Caixa vai reduzir os juros. Não está aumentando a Selic? Então a Caixa, com o lucro que nunca teve, sem roubar, vai diminuir os juros da casa própria”, concluiu Pedro Guimarães.