Agora é definitivo, a decisão do TSE realmente confirmou o ex-presidente Bolsonaro inelegível.
A decisão repercutiu de um extremo ao outro do país, e não foi diferente entre os líderes na Câmara dos Deputados. Nesse sentido, tanto aliados do governo como representantes da oposição teceram comentários. Assim, eles expuseram suas opiniões acerca da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que impede Jair Messias Bolsonaro de voltar a concorrer a cargos públicos por oito anos.
Enquanto aliados do governo comemoram a decisão afirmando que prevaleceu a justiça e que ninguém pode ficar acima dela, aliados do ex-presidente acreditam que foi absurda e que essa decisão tende a fortalecer Bolsonaro.
Quer saber os pormenores dessa decisão e se inteirar das principais declarações a esse respeito? Venha conosco, nesse texto trazemos os detalhes. Boa leitura!
Sobre a votação
Conforme já afirmamos anteriormente, a decisão do TSE tornou Bolsonaro inelegível até 2030. Entretanto essa decisão é passível de recursos tanto no próprio Tribunal Superior Eleitoral como também no Supremo Tribunal Federal.
Assim, o tribunal formou maioria pela inelegibilidade do ex-presidente. A votação contou então com 5 votos favoráveis à cassação dos direitos políticos de Jair Bolsonaro. Havendo portanto somente 2 votos contrários. Desse modo votaram a favor da inelegibilidade:
- O relator, ministro Benedito Gonçalves;
- O ministro Floriano Marques;
- A ministra Cármen Lúcia;
- O ministro André Ramos Tavares;
- E o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
O presidente do TSE foi o último a votar. Em seu voto, declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro provocou um verdadeiro “encadeamento de mentiras” na reunião, que deu origem a esse processo de cassação. Essa reunião aconteceu no ano de 2022, onde o ex-presidente se reuniu com embaixadores na residência oficial do governo, o Palácio da Alvorada.
Os ministros que votaram contrários à cassação dos direitos políticos do ex-chefe do executivo foram:
- Ministros Raul Araújo;
- Ministro Nunes Marques.
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Opinião dos aliados do governo sobre a decisão que tornou Bolsonaro inelegível
Primeiro, o líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães, do Partido dos Trabalhadores do Ceará, comentou o assunto utilizando suas redes sociais. Assim, ao comentar, ele afirmou que o país comemora a decisão, que, em sua opinião, representa o cumprimento do papel da justiça da garantia constitucional. Ainda reforçou que ninguém pode estar acima da lei.
Enquanto isso, o ministro da Previdência Social e presidente do PDT, Carlos Lupi, também postou manifestações nas redes sociais. Portanto, para o presidente do partido que ingressou com a ação contra o ex-presidente a decisão representou a efetivação da justiça. Em sua postagem Lupi se refere a Bolsonaro como “Belzebu” e afirma que, além de desrespeitar e atentar contra o regime democrático, ele o fez também contra a vida dos brasileiros. Reforçando, que essa decisão é consequência dos próprios atos.
Opinião da oposição sobre a decisão que tornou Bolsonaro inelegível
Por fim, para a oposição, a decisão do TSE foi absurda e injusta.
Desse modo, o deputado Altineu Côrtes do Partido Liberal do Rio de Janeiro, que é líder do PL na Câmara, tornou pública uma nota em que expressa preocupação com a liberdade de expressão. Dessa maneira, insinua que a justiça tornou Bolsonaro inelegível simplesmente por expressar sua opinião acerca do processo eleitoral.
Vários outros deputados de oposição também defenderam essa ideia. Entre eles, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Afirmando respectivamente que venceu o sistema e que vivemos uma ditadura.
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