Uma reportagem publicada nesta terça-feira (28) pelo jornal “Folha de S. Paulo” afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) guardou os presentes recebidos durante o mandato, como joias de diamantes, em uma fazenda que pertence ao ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, que é seu apoiador declarado.
Recentemente, durante uma entrevista concedida ao canal “RedeTV!”, o ex-piloto confessou ser próximo de Bolsonaro. Na ocasião, ele disse que virou fã do ex-presidente após conhecê-lo. “Fiquei fã dele. Eu o conheci, ele me convidou para almoçar e a gente se deu bem. Nunca me envolvi em política na vida, hoje sou Bolsonaro até a morte. Se a gente não ajudar ele, se o povo não ajudar ele… eu acho que ele é a salvação do Brasil”, disse.
Conforme o jornal, na propriedade de Nelson Piquet estão itens de alto valor e tratados como bens pessoais. Já os demais objetos, como cartas e livros, foram enviados para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e para a Biblioteca Nacional do Rio, como bens do Estado brasileiro.
Dentro os itens que constam na propriedade do ex-piloto estão algumas joias dadas de presente por autoridades sauditas durante uma viagem oficial feita por ele. De acordo com o jornal, dentre os itens, estão:
- Um relógio Rolex;
- Uma caneta da marca Chopard prateada;
- Um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro;
- Um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor;
- E uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.
Assim como publicou o Brasil123, ao todo, foram dois pacotes com joias vindos da Arábia Saudita e endereçados a Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O primeiro tinha um colar de diamantes, brincos e um relógio feminino e foi apreendido, em outubro de 2021, junto com o então assessor do ministro das Minas e Energia, Marcos Soeiro.
Já o segundo pacote, que continha um relógio masculino, caneta e abotoaduras, entrou no Brasil na bagagem do então ministro. Já o segundo pacote, que continha um relógio masculino, caneta e abotoaduras, entrou no Brasil na bagagem do então ministro Bento Albuquerque, na mesma viagem. Como não foi retido pela Receita, esses itens foram entregues para Bolsonaro.
Na semana passada, a defesa de Bolsonaro entregou os itens, exceto os que estão no galpão, em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Essas joias foram entregues após uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que entende que, ao deixar o cargo, um presidente da República não pode levar consigo bens de valor elevado.
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