A polêmica envolvendo as joias supostamente dadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo regime da Arábia Saudita, parece estar longe de acabar. Nesta terça-feira (28), por exemplo, o jornal “Folha de S.Paulo” revelou que o ex-chefe do Executivo, que hoje se encontra nos Estados Unidos, ficou com um outro conjunto de joias dados de presente por autoridades sauditas durante uma viagem oficial feita por ele.
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De acordo com o jornal, esses itens estão guardados em um galpão reservado para itens que Bolsonaro levou do Palácio do Alvorada no final do ano passado, quando ele deixou a presidência da República após ter perdido a disputa eleitoral para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme a publicação, nesse galpão, existem vários itens de valor elevado como, por exemplo:
- Um relógio Rolex;
- Uma caneta da marca Chopard prateada;
- Um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro;
- Um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor;
- E uma masbaha (um tipo de rosário árabe), feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.
Assim como publicou o Brasil123, ao todo, foram dois pacotes com joias vindos da Arábia Saudita e endereçados a Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O primeiro tinha um colar de diamantes, brincos e um relógio feminino e foi apreendido, em outubro de 2021, junto com o então assessor do ministro das Minas e Energia, Marcos Soeiro.
Já o segundo pacote, que continha um relógio masculino, caneta e abotoaduras, entrou no Brasil na bagagem do então ministro Bento Albuquerque, na mesma viagem. Como não foi retido pela Receita, esses itens foram entregues para Bolsonaro.
Segundo as informações, em um primeiro momento, a Polícia Federal (PF) está investigando o suposto cometimento dos crimes de descaminho e advocacia administrativa. Todavia, nos próximos capítulos das diligências, o objeto pode ser ampliado para outros delitos.
Na semana passada, a defesa de Bolsonaro entregou os itens, exceto os que estão no galpão, em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília. Essas joias foram entregues após uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que entende que, ao deixar o cargo, um presidente da República não pode levar consigo bens de valor elevado.
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