A moeda americana já subiu em quase 10% no ano de 2021. Um dos principais motivos é a insatisfação – e medo – dos investidores em relação a Jair Bolsonaro. Após interferir no modelo da Petrobras e criticar o CEO, Castello Branco, recomendou um militar para tomar a frente.
Essa atitude fez com que a estatal perdesse mais de R$ 400 bilhões e aumentasse, novamente, os preços dos combustíveis. Não demorou para que as ações caíssem em mais de 5,33%, antes dessa interferência, a moeda estaria custando uma média de R$ 5,44. Nesta manhã (03), estaria custando R$ 5,70 e atualmente está por R$ 5,77.
Leia mais: Bolsonaro volta a criticar imprensa: “Para a mídia, o vírus sou eu”
Bolsonaro pode fazer o dólar chegar a R$ 6?
Bolsonaro isentou os impostos sobre gás e combustíveis, mas aumentou de bancos e indústrias químicas. Também alterou os valores cobrados para veículos de pessoas com deficiência. Para os especialistas, as atitudes são negativas:
“No fim, 300.000 caminhoneiros vão ter combustível subsidiado por tomadores de crédito, que vão ter que pagar mais caro. Se o nosso governo seguir nessa toada mais populista, o dólar pode ficar acima de 6 reais”, afirma Roberto Motta.
Como tentativa de controlar a supervalorização da moeda norte-americana, o Banco Central vem investindo de forma intensa no mercado de câmbio. Somente na terça-feira (02), realizaram dois leilões que ainda não foram o suficiente para a estabilidade, fazendo com que o pregão terminasse com alta de 1,5%.
O dólar é um investimento seguro e os investidores preferem colocar o dinheiro nele do que em países emergentes e com uma dívida de R$ 5 trilhões, como é o caso do Brasil. Com a volta do auxílio emergencial, a estabilidade – que antes já era escassa – diminui ainda mais e se torna necessário a aprovação da PEC Emergencial, que pode ser negativa para os campos da educação e saúde.
Leia mais: Efeito Bolsonaro: Intervenção na Petrobrás faz risco país disparar e pressiona dólar