Neste sábado, dia 18 de junho, o presidente Jair Bolsonaro, do PL, voltou a atacar a Petrobras, por conta do reajuste nos preços dos combustíveis.
O relacionamento abalado entre Petrobras e Jair Bolsonaro fez com que o chefe do Palácio do Planalto tenha pedido a parlamentares que assinem um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito, mais conhecido como CPI, contra a estatal já na segunda-feira. Com isso, o assunto deve ser discutido pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira, do PP de Alagoas.
Segundo o presidente Jair Bolsonaro, é “inadmissível” que a Petrobras continue se orgulhando dos lucros. Por isso, ele defendeu revisar os contratos da empresa e apurar todas as entrelinhas da companhia.
Petrobras anuncia novos reajustes
Na última sexta-feira, dia 17, a estatal brasileira, Petrobras, anunciou reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel. Os novos valores passaram a vigorar já neste sábado, dia 18 de junho, para a insatisfação da população e também do presidente Jair Bolsonaro.
O novo reajuste acontece logo após um grande esforço de aliados de Bolsonaro para realizar a redução do ICMS, a fim de reduzir o preço dos combustíveis no período pré-eleição, o que visa amenizar a situação de Jair Bolsonaro no pleito.
No Twitter, o presidente criticou o reajuste feito pela estatal. “O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”, disse o presidente.
Além disso, durante o evento em Manaus, Jair Bolsonaro voltou a falar de supostas irregularidades, que jamais foram comprovadas, na apuração dos votos das eleições de 2018. Segundo o presidente, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teria informado à Polícia Federal que hackers manipularam dados nos sistemas do tribunal desde março daquele ano.
Bolsonaro e a estatal
Numa relação totalmente abatida entre o presidente e a estatal, Jair Bolsonaro diz que os preços adotados pela Petrobras têm grande clamor político contra ele. Apesar disso, o presidente da Petrobras disse que o anúncio do novo reajuste já era esperado, visto que existe uma defasagem entre os preços nacionais e internacionais, principalmente no que tange ao óleo diesel.
Nesse sentido, a falta de correção pode implicar no risco do desabastecimento, especialmente desse combustível, uma vez que os importadores atendem 25% a 30% do mercado nacional. Para terem o incentivo de comprar o diesel do exterior, é necessário que os preços domésticos estejam alinhados aos internacionais.