Nesta segunda-feira (31), em entrevista à TV Record, o presidente Jair Bolsonaro disse que todos os servidores devem ser atendidos com um percentual bastante razoável no Orçamento de 2023.
“Tendo em vista que nós devemos ter uma excelente arrecadação no corrente ano por ocasião da feitura do orçamento para 23, nós vamos atender um percentual bastante razoável para todos os servidores públicos do Brasil”, afirmou durante viagem ao Rio de Janeiro.
Bolsonaro pediu a compreensão dos servidores para entender a situação que o país enfrenta.
“Reconhecemos o valor de todos os servidores públicos federais, mas eu peço a eles que, por favor, entendam a situação que o Brasil ainda atravessa. Muitos perderam empregos, muitos tiveram seus salários reduzidos. Os servidores não tiveram por ação do governo federal”, completou o presidente na mesma ocasião.
Indefinição
No sábado (29), Bolsonaro afirmou que o reajuste para agentes de segurança federais ainda não estava definido.
O que se sabe é que foi sancionado um espaço no Orçamento no montante de 1,7 bilhão para o reajuste aos policiais federais, mas os recursos não estão efetivamente carimbados. O governo ainda não bateu o martelo sobre o destino do valor.
Corte de salários
Na entrevista, Bolsonaro afirmou que o governo impediu o corte de salários quando o ex-presidente da Câmara e atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas de São Paulo, Rodrigo Maia, foi favorável à medida.
“Em 2020, quando tivemos aí o conhecimento da Covid-19, o ex-presidente da Câmara queria um corte de 25% no salário de todos os servidores federais, estaduais, municipais. Da nossa parte achamos que congelando por 2 anos seria o suficiente. Foi menos traumática a nossa proposta”, disse Bolsonaro.
Como veiculado aqui no Brasil 123, o governo havia sinalizado um aumento para os profissionais da segurança pública, o que acabou servindo de estopim para o protesto ocorrido em Brasília dos servidores públicos federais.
Professores
Vale lembrar que na última quinta-feira (27), Bolsonaro confirmou reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores da educação básica. Isso eleva o valor mínimo do vencimento dos atuais R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63, alta maior que os 7,5% negociados pelo governo federal com estados e municípios.
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