O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado, nesta terça-feira (14), a depor na Polícia Federal (PF), que investiga o vazamento de documentos sigilosos ocorrido em agosto deste ano, quando o chefe do Executivo foi às redes sociais e divulgou a íntegra de um inquérito da corporação.
O inquérito em questão era sobre um suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018 – e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições.
Na ocasião do vazamento, assim como publicou o Brasil123, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a abertura de um inquérito para a divulgação das informações que são sigilosas.
Além disso, o ministro também determinou que fossem removidos os links disponibilizados por Bolsonaro com a íntegra da investigação e o afastamento do delegado da Polícia Federal que era o responsável pelas investigações do inquérito vazado.
Vazamento do inquérito
O vazamento feito por Bolsonaro aconteceu durante uma live em que ele estava acompanhado do também investigado deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). Na ocasião, eles divulgaram e distorceram as informações constadas no inquérito.
Momentos depois da transmissão, o TSE foi às redes sociais e divulgou uma série de mensagem visando explicar que o acesso indevido aos sistemas da corte não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018.
Na ocasião, o TSE relatou que o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação e que nada de anormal ocorreu.
Até o momento, o inquérito ainda não foi concluído pela PF. Por fim, é importante relembrar que, por lei, o servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas. Ainda não existe uma data para que Bolsonaro seja ouvido pela entidade, no que seria o segundo depoimento do chefe do Executivo neste ano.
Leia também: Ministros do STF temem que Bolsonaro cause novo embate com a Corte