São Gabriel da Cachoeira, localizada no extremo noroeste do estado do Amazonas, comemorou a conclusão de uma obra nova no último mês de maio, a de uma ponte em uma rodovia não pavimentada da região, com um custo total de cerca R$255 mil.
Todavia, muito maior do que este gasto, foi o despendido por Jair Bolsonaro (sem partido) e sua equipe, que estiveram no evento de inauguração e gastaram R$711 mil entre diárias do chefe do Executivo, de sua equipe, telefonia e passagens terrestres.
A informação foi divulgada no portal “Congresso em Foco” após ser fornecida pela Casa Civil da Presidência da República, via Lei de Acesso à Informação (LAI), ao deputado federal Elias Vaz (PSG-GO). Segundo os dados, R$50 mil foram pagos em diárias de um grupo chamado “Escalão Avançado”.
Por outro lado, R$610 mil foram usados para os deslocamentos terrestres na cidade, isolada na floresta amazônica. Por fim, o documento ainda revela que R$ 50 mil foram utilizados com o cartão de crédito corporativo e mais R$742 em telefonia, em uma viagem que teve a duração de cinco dias.
Dinheiro dá para fazer três pontes
Com o dinheiro usado para suportar o presidente e sua equipe, seria possível fazer quase três pontes semelhantes à inaugurada no Amazonas. A obra em questão tem 18 metros de comprimento e seis de largura. Do total gasto, R$69 mil foram usados para recuperar a antiga estrutura do local e o restante usados para novas obras na ponte
De acordo com o deputado Elias Vaz, devido ao desequilíbrio dos gastos, ele vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o caso. “O presidente Bolsonaro fez um evento para inaugurar uma ponte de madeira no Amazonas. Acontece que a inauguração custou três vezes mais que a ponte. Isso fere diretamente o princípio da economicidade, artigo 70 da Constituição”, disse o parlamentar.
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