O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi cobrado por comandantes da Marinha, Exército e Força Aérea para que ele tome uma ação visando conter atos de seus apoiadores, que insatisfeitos com a vitória do chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), insistem em fazer vigílias na frente de quartéis com pedidos inconstitucionais de intervenção militar.
De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, Bolsonaro recebeu os comandantes das instituições citadas e ouviu que o posicionamento das entidades é que os movimentos organizados por apoiadores do presidente são “inócuos” e sem “base legal”.
Segundo o canal, os representantes ainda afirmaram que esses movimentos estão gerando problemas de segurança e discussões internas dentro das corporações, pois militares inconformados com o resultado das eleições estariam “fomentando” os protestos com a participação de parentes e amigos. Conforme a “CNN Brasil”, Bolsonaro teria ouvido as reclamações sem concordar e discordar.
Ajuda das Forças Armadas na transição
Ainda na reunião, Bolsonaro deu o aval para que a Marinha, Exército e Força Aérea colaborem com a transição do governo, inclusive passando a compor a equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que coordenará a atuação dos militares na posse presidencial.
Não suficiente, Bolsonaro também autorizou, durante o encontro, que a Força Aérea inicie as tratativas para segurança do espaço aéreo no dia da posse e que a Marinha faça os preparativos das honras a chefes de Estado no Itamaraty no dia da posse.
De acordo com a “CNN Brasil”, fontes que estiveram no encontro afirmam que não foram tratadas questões de protocolo civil, como troca de faixa, discursos, eventos paralelos, etc., pois isso ficará a cargo do grupo da transição coordenado pela futura primeira-dama, Rosângela da Silva, juntamente com o Embaixador Fernando Igreja e as equipes de cerimonial dos poderes envolvidos.
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