O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar os resultados das pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial. De acordo com o chefe do Executivo, pessoas que acreditam nesses levantamentos também acreditam no Papai Noel.
Pesquisa mostra que Lula tem 44% das intenções de voto; Bolsonaro aparece com 26%
“Quem acredita em pesquisa, acredita em Papai Noel também. Nenhuma pesquisa acertou em 2018 e não vai ser agora que vai acertar também”, afirmou o presidente na sexta-feira (08), durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul, onde ele participou de um evento que marcou a entrega de obras de ampliação do aeroporto de Passo Fundo.
Bolsonaro diz que as pesquisas em 2018, ano em que ele se sagrou vencedor das eleições, erraram, pois nenhuma delas acertou. No entanto, essa informação está longe de ser verdadeira, pois, naquela época, os levantamentos mostraram o crescimento de Bolsonaro na corrida ao Palácio do Planalto no primeiro turno e mostraram ele como líder da disputa durante toda a campanha do segundo turno.
A fala de Bolsonaro acontece em um momento que os levantamentos, assim como em 2018, mostram uma crescente de Bolsonaro nas pesquisas, fazendo com que ele reduza cada vez mais a diferença para o líder dessas apurações, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante o evento que marcou a entrega de obras de ampliação do aeroporto de Passo Fundo, Bolsonaro também comentou o fato de seu governo ter facilitado a compra de armas de fogo no país.
“Povo armado jamais será escravizado, reagirá a qualquer ditador de plantão que queira roubar a liberdade do seu povo”, disse o presidente, sem explicar em detalhes o que quis dizer em sua declaração.
O tema comunismo é bastante falado por Bolsonaro, que muitas vezes ressalta o perigo que de existir um comunismo no Brasil. No decorrer da pandemia da Covid-19, o chefe do Executivo falou inúmeras vezes que os governadores, que adotaram medidas de restrição para reduzir o contágio e o número de mortes por conta do vírus, eram protótipos de ditadores.
Leia também: Bolsonaro espera herdar parte dos votos de Sergio Moro