O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre os preços altos do GLP, o conhecido gás de cozinha nesta quarta-feira (29). De acordo com ele, a venda direta do botijão de 13 quilos e a redução dos impostos poderiam fazer o preço do gás cair pela metade.
“O preço do gás onde é engarrafado está na casa dos R$ 50. Não justifica na ponta da linha estar custando R$ 130. Esse preço vai cair à metade, se Deus quiser, pode ter certeza”, disse Bolsonaro. Vale destacar que, nos últimos meses, o presidente vem culpando os governadores pelos preços elevados dos botijões de gás.
O presidente defendeu a definição de um valor fixo para cobrar dos combustíveis. Nesse caso, ele critica a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Inclusive, há um projeto que tramita na Câmara dos Deputados sobre a definição de um valor fixo.
Segundo a Petrobras, o preço do GLP é definido da seguinte forma: a estatal responde por 48% do valor repassado aos consumidores, enquanto os processos de envase, distribuição e revenda compõem 37,4%. Assim, os impostos estaduais (ICMS) correspondem a apenas 14,9% do valor cobrado pelas distribuidoras.
Embora Bolsonaro tenha dito que o gás custa R$ 130, o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que o preço médio do botijão de 13 quilos chegou a R$ 98,70 no país na semana passada. Aliás, o botijão mais caro do país foi novamente o de Mato Grosso, custando R$ 119,963.
Bolsonaro afirma que não quer brigar com governadores
A saber, essas declarações do presidente ocorreram em Roraima. Em suma, ele lembrou que no início do ano zerou o PIS/Cofins sobre o preço dos combustíveis. A decisão não agradou a todos, pois ele pretendia aumentar as taxas para outros negócios como bancos e indústrias químicas.
“Zerando o imposto federal, que eu já zerei, zerando o estadual, esses dois estados, Roraima e Amazonas, poderão com trabalho nosso agora, com ajuda do Parlamento, buscar a compra direta do gás de cozinha. A exemplo de uma medida provisória que está na Câmara para a venda direta do etanol, o álcool, que vai baratear o preço do combustível na bomba”, disse.
Por fim, em agosto, Bolsonaro chegou a sugerir aos consumidores que comprem o gás de cozinha diretamente nas refinarias. Assim, o valor do botijão sairia bem mais barato.
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