O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste domingo (09) do podcast “Pilhado”. Na ocasião, o chefe do Executivo revelou ter recebido sugestões para aumentar o número de vagas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) caso seja reeleito, mas que essa ideia pode ser enterrada caso a corte opte por “baixar um pouco a temperatura”.
Hoje, o STF é composto por 11 ministros indicados pelo presidente da República e aprovados no Senado. Desde que foi eleito, Bolsonaro já indicou dois ministros: André Mendonça e Nunes Marques. Caso seja reeleito, ele terá direito a pelo menos mais duas indicações, visto que Ricardo Lewandowski e Rosa Weber atingirão 75 anos, idade em que a aposentadoria se torna obrigatória.
“Tenho certeza de que, numa reeleição, o nosso querido Supremo Tribunal Federal, eles vão agir de forma diferente de como agiram até o momento”, afirmou Bolsonaro, que ainda se queixou da forma com que a corte tem atuado. “É impossível eu governar mais quatro anos com o Supremo fazendo ativismo judicial”, disparou.
Nas últimas semanas começou a circular uma suposta ideia de aumento no número de cadeiras no STF em caso de reeleição de Bolsonaro, visto que isso faria com que o presidente tivesse maioria no Supremo, o que não acontece atualmente, visto que dos 11, nove foram indicados por outros governos, como os dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Na entrevista, Bolsonaro ainda desse que hoje existe um “desequilíbrio” entre os Poderes da República e que o STF tem “superpoderes”. Nesse sentido, ele comemorou a alta taxa de eleição de senadores que o apoiam e foram eleitos no último domingo (02).
Segundo ele, tal fato pode “equilibrar” as relações. “Há um desequilíbrio. O STF tá com superpoderes, onde o ideal é ter equilíbrio. Acho que a nova composição do Senado vai dar esse equilíbrio para a gente”, afirmou durante a entrevista no podcast transmitido neste domingo no Youtube.
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