O sábado (31) do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve, como de costume, polêmicas. Desta vez, o chefe do Executivo voltou a subir o tom e afirmou que não vai aceitar uma “farsa” nas eleições, insinuando, assim como vem fazendo, e assumidamente sem provas, que haveria irregularidades nas urnas eletrônicas e defendendo a adoção do voto impresso para elas.
“Quando se fala em democracia, ela só existe quando existem também eleições limpas. Não é como um ou outro quer; é da forma que o povo deseja. Nós queremos eleições, nós queremos votar, mas não aceitaremos uma farsa como querem nos impor”, ameaçou em conversa com seus apoiadores.
Em outro momento, Bolsonaro disse que: “Pode ter certeza: o soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é um covarde. Jamais temerei alguns homens aqui no Brasil que querem impor a sua vontade. A vontade do Brasil é a vontade de Deus. E a vontade aqui na terra é a vontade de cada um de vocês”, emendou o chefe do Executivo.
As falas do presidente foram veiculadas nas redes sociais e aconteceram depois que ele participou de uma motociata e outros eventos em Presidente Prudente, no Interior de São Paulo.
Bolsonaro e a suposta fraude eleitoral
Na última quinta-feira (29), Bolsonaro realizou uma live em que, apesar de ter prometido que divulgaria uma “bomba”, não apresentou provas de nenhuma suposta irregularidade nas urnas eletrônicas. Em vez disso, ele apresentou vídeos antigos da internet que já haviam sido desmentidos por especialistas e até mesmo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Hoje, em baixa nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022 e com a popularidade ruim por conta da gestão na pandemia da Covid-19, o presidente tem aumentado o tom e a pressão sobre a adoção do voto impresso das urnas. Prova disso é que ele já chegou a dizer que não aceitaria o resultado das eleições no próximo ano pelo atual sistema.
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