Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, afirmou nesta quinta-feira (28) que não é necessária nenhuma “cartinha” para que seja demonstrado o apoio às instituições e a defesa da democracia. De acordo com o presidente, vivemos hoje em um país democrático onde as pessoas defendem a democracia e, por isso, não é necessário a promoção de nenhum movimento sobre o tema.
“Vivemos num país democrático, defendemos a democracia, não precisamos de nenhuma cartinha para falar que defendemos a democracia, que queremos, cada vez mais, cumprir e respeitar a Constituição”, começou o presidente. “Não precisamos então de apoio ou sinalização, de quem quer que seja, para mostrar que o nosso caminho é a democracia, é a liberdade, é o respeito à Constituição”, afirmou Bolsonaro nesta quinta-feira.
Carta pela democracia
A “cartinha” mencionada por Bolsonaro é a publicada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na quarta-feira (27). Além de 11 ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma série de artistas e representantes da sociedade civil assinaram o documento “em defesa do Estado Democrático de Direito”.
Na carta consta que, hoje, o Brasil passa por um período em que é registrado um “perigo para a normalidade democrática”. No documento, faz-se a comparação dos ataques ao sistema eleitoral brasileiro com os “desvarios autoritários” que colocaram em risco a democracia nos Estados Unidos.
Nesta quinta-feira, a carta já havia reunido mais de 230 mil assinaturas. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, além de muitas assinaturas, a carta também tem registrado muitas tentativas de ataques hackers. Conforme informações da emissora, já foram mais de duas mil tentativas de ataques hackers contra o site que recolhe os nomes dos apoiadores do movimento.
A leitura do documento, intitulado “Carta aos Brasileiros” será lida em um ato realizado no próximo dia 11 de agosto na cidade de São Paulo. O responsável pela leitura do documento será Celso de Mello, que é ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.
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