Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, mudou seu discurso sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que após o ex-chefe do Executivo ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ficado inelegível, publicou nas redes sociais que “está às ordens” do marido.
Essa postagem foi para prestar apoio ao marido após a condenação. Hoje, o nome mais forte para substituir Bolsonaro como representante da direita no Brasil é o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro do ex-presidente. Na quinta (29), todavia, antes da condenação, Bolsonaro afirmou que apoiaria uma eventual candidatura da esposa, dizendo ainda que seria um “bom cabo eleitoral”.
“Lógico que sim, apoio uma candidatura de Michelle. Se eu estiver fora do jogo político, serei um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE”, disse na oportunidade o ex-chefe do Executivo.
Todavia, neste domingo (02), ele mudou o discurso e afirmou que “eleição é outra história”. “Ela tem a vida dela. Se candidatar é um direito dela. Tenho conversado com ela. Ela não tem experiência para enfrentar o dia a dia de uma política bastante violenta, com o sistema bastante ativo no Brasil. Eleição é outra história”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro condenado
Assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro foi condenado no julgamento que começou em 22 de junho e terminou nesta sexta, após quatro sessões. Apesar de a defesa poder entrar com recursos tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão da Justiça Eleitoral já está valendo.
O ex-presidente foi condenado por conta de uma reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, convocado por ele mesmo. Na ocasião, o até então presidente atacou, sem nenhuma prova, o sistema eleitoral brasileiro. Não suficiente, o encontro, além de ter sido transmitido nas redes sociais de Bolsonaro, também foi veiculado na TV oficial do governo.
Na quinta, votaram quatro ministros, sendo eles: Benedito Gonçalves, relator da ação, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Já na sexta, foi a vez de votar três membros do TSE: Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Destes, apenas Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela absolvição do ex-presidente.
Veja também: Lula sanciona lei que visa igualdade salarial entre homens e mulheres; entenda