O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, participou nesta sexta-feira (21) de uma sabatina transmitida pelo “SBT” em parceria com outros veículos de comunicação como jornal “Estadão”, “Rádio Eldorado”, “CNN Brasil”, revista “Veja”, rádio “Nova Brasil FM” e portal “Terra”. Na ocasião, o chefe do Executivo chamou de “TV Minha” a empresa pública federal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que é quem gere a TV Brasil, uma emissora estatal.
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A EMC, que foi criada na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2007, é a maior empresa pública federal e possui hoje um conglomerado de mídia no Brasil. Durante sua campanha eleitoral em 2018, Bolsonaro prometeu que iria fechar ou privatizar a EBC assim que fosse eleito, mas isso jamais aconteceu.
Nesta sexta, o tema veio à tona enquanto o presidente respondia o fato de ter aberto concursos públicos para o “essencial”. “Os aposentados, ao longo desse tempo todo, estão na casa dos cem mil. Não fizemos a reposição, alguns poucos devemos fazer para não prejudicar o serviço público. Eu peguei essa máquina [pública] inchada. A própria TV minha, a EBC, tinham mais de 1.200 pessoas lá, passou para 400, quase tudo por aposentadoria. Nós fizemos o possível”, disse o presidente.
Durante a sabatina, que aconteceu porque Lula não quis ir ao debate, Bolsonaro ainda comentou que, caso seja reeleito, não pretende mexer na estabilidade dos servidores públicos que hoje estão atuando. Todavia, ele confirma que o tema pode ser discutido, mas para os futuros servidores.
“Não pretendo mexer no tocante à estabilidade do servidor público, afinal de contas, isso é um direito garantido para eles previsto na própria Constituição. Então não mexerei. No tocante à possível estabilidade, poderia discutir para os futuros servidores públicos; para os atuais, não!”, disse Bolsonaro, que hoje aparece em segundo nas pesquisas de intenções de votos, mas tecnicamente empatado com Lula por conta da margem de erro.
Na quarta-feira (19), por exemplo, um levantamento do Datafolha publicou que sem contar brancos e nulos, Lula tem 52% da intenção dos votos válidos e Bolsonaro 48%. O empate técnico acontece porque a margem de erro da pesquisa, de acordo com o instituto, é de dois pontos para mais ou para menos.
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