Durante uma entrevista feita para o Pânico da Jovem Pan News, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nega ter cometido qualquer adulteração em seu cartão de vacinas contra a Covid-19.
Contudo, em explicação sobre não ter se vacinado, Bolsonaro diz que não havia tomado a vacina, após ter lido a bula da Pfizer. Nesse sentido, explica ainda que sua mulher, que foi vacinada em 2021, com a vacina da Jassen, passou mal na volta ao Brasil.
Investigação dos cartões de vacinas
A Polícia Federal investiga se tanto o cartão de vacinação de Bolsonaro quanto o de sua filha Laura, a mais nova, teriam sido adulterados por inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.
Com isso, ao burlar as restrições sanitárias, se beneficiaria com a entrada em países como os Estados Unidos, porém o ex-presidente Bolsonaro negou tal informação e disse: “No tocante a fraude, da minha parte é zero. As vezes que viajei pelo mundo, uma vez foi para a Itália, se não me engano, perguntei se era exigido a vacina. Falaram que sim. Então falei ‘se é sim, não viajo’. Então veio a resposta oficial que estava dispensada a vacina. O tratamento para chefe de Estado é diferente de cidadão comum. Nas minhas idas aos Estados Unidos, nunca foi exigido o cartão vacinal”.
Ainda assim, ao mencionar sua filha, Laura acrescentou que também não foi vacinada por motivos de desconfiança do então presidente Bolsonaro quanto aos efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus, e disse: “Minha filha, atualmente, tem um atestado médico e está dispensada de tomar vacina”.
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Abordagem feita na residência de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro, em entrevista, também detalhou como foi a abordagem dos agentes em sua residência, os quais haviam chegado por volta das 6 horas em sua casa, que fica localizada em Brasília.
Em seguida, tocaram a campainha, e ao perceber que se tratava dos agentes da PF, Bolsonaro os convidou adentrar em sua casa, e disse ser tratado muito bem, não tendo nenhum desentendimento:
“Fui tratado muito bem. Não houve exagero, voz mais alta. Senti o constrangimento de alguns policiais. Perguntei o motivo [da operação], eles falaram. E falei que obviamente a casa estava à disposição. Pedi autorização para ligar para o advogado e liguei. Eles fizeram uma varredura na casa, buscando documentos, mídias sociais, e pegaram meu telefone”.
Ainda assim, Bolsonaro relatou que durante a averiguação, inicialmente os agentes federais haviam apreendido uma pistola, mas foi devolvida posteriormente.
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