O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quarta-feira (05), informou nesta quinta (30) o jornal “Folha de S. Paulo”. De acordo com a publicação, além do chefe do Executivo, a corporação deve ouvir o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Lourena Cid, e outras oitos pessoas sobre o caso das joias entregues pelo governo da Arábia Saudita.
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Segundo as informações, Bolsonaro e os outros intimados foram notificados que as oitivas deverão acontecer na data citada a partir das 14h30. O caso das joias veio à tona no começo de março, quando surgiu a informação de que dois pacotes com joias vindos da Arábia Saudita foram endereçados a Bolsonaro e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O primeiro pacote tinha um colar de diamantes, brincos e um relógio feminino e foi apreendido, em outubro de 2021, junto com o então assessor do ministro das Minas e Energia, Marcos Soeiro. Já o segundo pacote, que levava um relógio masculino, caneta e abotoaduras, entrou no Brasil na bagagem do então ministro Bento Albuquerque. Como não foi retido pela Receita Federal, esses itens foram entregues para Bolsonaro.
Na semana passada, a defesa de Bolsonaro entregou os itens, exceto os que estão no galpão do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet. Conforme publicou o jornal “Folha de S. Paulo”, na propriedade de Nelson Piquet, apoiador e amigo de Bolsonaro, estão itens de alto valor e tratados como bens pessoais do ex-presidente, como um relógio Rolex, um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro e outros itens de alto valor monetário.
Por conta do caso das joias, recentemente, a PF ouviu um membro da comitiva de Bento Albuquerque. Na ocasião, essa pessoa disse que as autoridades afirmaram que o pacote leva algo “relevante”, sem, todavia, dizer o que de fato estavam nos envelopes.
Hoje, a Polícia Federal atua com o foco de saber se Bolsonaro teve envolvido no caso e se tinha conhecimento do tema. Para sua defesa, o ex-chefe do Executivo contratou um escritório de advocacia especializado em questões alfandegárias. Além desse inquérito na PF, existe um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o caso das joias – a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também apura o caso.
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