Com isso, um inquérito foi aberto para investigar um possível esquema de alteração de dados nos cartões de vacinação. Que teria alegadamente favorecido Bolsonaro, sua filha Laura, um ex-ajudante presidencial e seus familiares.
Além disso, a investigação da Polícia Federal visa determinar se Bolsonaro tinha conhecimento desse esquema e se foi ele quem iniciou. Com isso ordenando o acesso aos dados de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.
Sobre as buscas efetuadas anteriormente na residência de Bolsonaro
No dia 3 de maio, a Polícia Federal realizou uma busca na residência de Bolsonaro para encontrar evidências que pudessem vincular o ex-presidente ao esquema de alterações nas carteiras de vacinação.
Dessa forma, na ocasião, seu celular foi apreendido. Assim, após a busca, Bolsonaro conversou com a imprensa e reiterou que não havia sido vacinado contra a Covid. Além disso, negou qualquer adulteração nos dados de seu próprio cartão e do cartão de sua filha Laura.
No entanto, ele se recusou a prestar depoimento no mesmo dia. Alegando que sua defesa precisava ter acesso a toda a investigação antes. Por essa razão, o depoimento foi marcado para hoje.
Mauro Cid fazia parte das fraudes
Após as buscas realizadas no dia 3 de maio, a Polícia Federal efetuou a prisão de seis pessoas, incluindo o coronel Cid, ex-ajudante do ex-presidente Bolsonaro durante seu mandato. Segundo as investigações, o coronel é apontado como responsável por inserir informações falsas no sistema ConecteSUS. Visando obter vantagens ilícitas e certificados de vacinação contra a Covid-19.
Além de Bolsonaro e sua filha Laura, outras certificações de vacinação adulteradas foram emitidas em nome de Mauro Cid, esposa de Cid, e suas três filhas. Dessa forma, a Polícia Federal afirmou que os dados foram incluídos no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias. Tanto para a esposa de Cid quanto para o ex-presidente Bolsonaro.
Consequentemente, Cid também será convocado para prestar depoimento sobre o caso na quinta-feira (18). Enquanto sua esposa comparecerá na quarta-feira (17).
Como andam as investigações
As investigações revelam que os suspeitos envolvidos no esquema de obtenção fraudulenta de certificados de vacinação contra a Covid-19 inseriram dados nos sistemas do Ministério da Saúde. Dessa forma, buscando contornar as restrições sanitárias.
Segundo a Polícia Federal, esse esquema iniciou em novembro de 2021. Quando Cid tentou obter um documento para sua esposa, Gabriela Cid, e contou com a ajuda do sargento do Exército, Luís Marcos dos Reis. Com isso, o sargento, por sua vez, acionou seu sobrinho, um médico, para obter o referido documento.
Durante as investigações, foi constatado que houve várias tentativas de obtenção de documentos falsos de vacinação. Com isso, Cid inicialmente tentou no Rio de Janeiro, mas enfrentou dificuldades, pois o sistema do SUS detectou a ação como “fraude”. Por fim, ele conseguiu obter a emissão em Duque de Caxias.
As investigações continuam visando identificar todos os envolvidos no esquema, inclusive uma eventual participação de Bolsonaro. Além de esclarecer todas as circunstâncias relacionadas à adulteração dos certificados de vacinação.
Leia também: Lula volta ao G7 após 14 anos; cúpula vai discutir guerra na Ucrânia, fome e preservação ambiental